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Saúde

Teich deixa o Ministério da Saúde antes de completar um mês no cargo

Nos últimos dias, Teich e Bolsonaro discordaram de temas como uso da cloroquina e medidas de isolamento. É a segunda troca na Saúde durante a pandemia do coronavírus.

 

O ministro da Saúde, Nelson Teich, deixou o cargo nesta sexta-feira (15), antes de completar um mês à frente da pasta. Apesar de uma nota oficial do ministério dizer que ele pediu demissão, assessores da Saúde afirmaram que o ministro foi demitido.

Teich tomou posse em 17 de abril. Essa é a segunda saída de um ministro da Saúde em meio à pandemia do coronavírus. Teich havia substituído Luiz Henrique Mandetta.

Assim como Mandetta, Teich também apresentou discordâncias com o presidente Jair Bolsonaro sobre as medidas para combate ao coronavírus.

Nos últimos dias, o presidente e Teich tiveram desentendimentos sobre:

o uso da cloroquina no tratamento da covid-19 (doença causada pelo vírus). Bolsonaro quer alterar o protocolo do SUS e permitir a aplicação do remédio desde o início do tratamento.
o decreto de Bolsonaro que ampliou as atividades essenciais no período da pandemia e incluiu salões de beleza, barbearia e academias de ginástica
detalhes do plano com diretrizes para a saída do isolamento. O presidente defende uma flexibilização mais imediata e mais ampla.

Teich foi ao Palácio do Planalto nesta manhã para uma reunião com Bolsonaro. Em seguida, ele voltou para o prédio do Ministério da Saúde. A demissão foi anunciada logo depois.

Divergências com Bolsonaro

Cloroquina

Nesta semana, Bolsonaro disse em entrevista na saída da residência oficial do Palácio do Alvorada que seus ministros deveriam estar “afinados com ele”. O presidente fazia referência a uma postagem de Teich nas redes sociais em que o então ministro alertava para riscos da cloroquina no tratamento de covid-19.

Bolsonaro é um defensor da cloroquina, apesar de não haver comprovação científica da eficácia do remédio no tratamento da doença.

“Olha só, todos os ministros, eu já sei qual é a pergunta, têm que estar afinados comigo. Todos os ministros são indicações políticas minhas e quando eu converso com os ministros eu quero eficácia na ponta. Nesse caso, não é gostar ou não do ministro Teich, é o que está acontecendo”, afirmou Bolsonaro na ocasião.

Teich havia escrito:

“Um alerta importante: a cloroquina é um medicamento com efeitos colaterais. Então, qualquer prescrição deve ser feita com base em avaliação médica. O paciente deve entender os riscos e assinar o ‘Termo de Consentimento’ antes de iniciar o uso da cloroquina.”

Bolsonaro afirmou ainda que conversaria com o ministro sobre a alteração do protocolo do SUS para uso da cloroquina. Atualmente, o SUS ministra o remédio em casos graves. Bolsonaro quer a aplicação desde o início do tratamento.

O uso da coloroquina segue sendo estudado por vários países, mas pesquisadores ainda não conseguiram encontrar resultados conclusivos. O remédio é comumente usado no tratamento da malária.

A cloroquina foi também um dos motivos de divergência que pesaram na demissão do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, substituído por Teich.

Isolamento social

Na quarta-feira (13), o Ministério da Saúde apresentaria em uma coletiva de imprensa, um plano com diretrizes para a saída do isolamento. A coletiva, no entanto, foi cancelada.

Em nota, o ministério informou que desde o último sábado (9) o plano vinha sendo discutido com os conselhos dos secretários de saúde estaduais e municipais, mas não se chegou a um consenso. Bolsonaro também não havia aprovado o plano.

Na quinta-feira (14), o presidente afirmou que, por ele, as atividades econômicas que estão paralisadas seriam retomadas imediatamente, e o isolamento passaria a ser vertical (em que apenas pessoas do grupo de risco ficam em casa).

O isolamento é a forma mais eficaz, segundo cientistas e autoridades sanitárias, de conter a propagação acelerada do vírus. Teich, em seus dias à frente da pasta, defendeu o isolamento.

Decreto de ampliação de atividades

Também nesta semana, Bolsonaro assinou um decreto para ampliar as atividades econômicas consideradas essenciais e que, portanto, poderiam funcionar no período da pandemia. O decreto incluía na lista salões de beleza, barbearias e academias de ginástica.

Teich não foi avisado por Bolsonaro sobre o decreto.

“Saiu hoje isso? Decisão de? Manicure, academia, barbearia…. Não é atribuição nossa, é uma decisão do presidente. A decisão de atividades essenciais é uma coisa definida pelo Ministério da Economia. E o que eu realmente acredito é que qualquer decisão que envolva a definição como essencial ou não, ela passa pela tua capacidade de fazer isso de uma forma que proteja as pessoas. Só para deixar claro que isso é uma decisão do Ministério da Economia. Não é nossa”, afirmou Teich na ocasião.

A maioria dos estados e o Distrito Federal decidiram não seguir o decreto de Bolsonaro. Em abril, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que cabe a estados e municípios estabelecerem regras de isolamento e quarentena durante a pandemia.
Fonte: G1

Cidade chinesa retoma isolamento parcial após voltar a registrar casos de coronavírus

Foram reportadas 21 novas contaminações em poucos dias

 

A cidade de Jilin, que fica na província homônima, foi colocada em isolamento parcial nesta quarta-feira (13) pelo governo da China após um aumento no número de casos do novo coronavírus (Sars-CoV-2).

A partir de hoje, as divisas com outras cidades chineses estão fechadas, os transportes públicos estão suspensos e locais públicos – como cinemas, teatros e estádios – estão fechados. Para deixar a cidade, a pessoa precisa comprovar através de teste sorológico, realizado nas últimas 48 horas, que não contraiu o vírus e precisa se comprometer com o auto-isolamento assim que chegar ao seu destino.

Em nota, o governo ainda pediu que as farmácias notifiquem as autoridades sobre cada venda de produtos antivirais e contra a febre. Os restaurantes poderão permanecer abertos, mas com o limite de cinco pessoas sendo atendidas simultaneamente nas mesas – mantendo uma distância de no mínimo um metro entre elas.

Com pouco mais de quatro mil habitantes, a cidade registrou seis novas infecções em menos de 24 horas, somando 21 delas em poucos dias. Por conta disso, o governo também pediu um reforço nas medidas de higienização e também para que os moradores se protejam com máscaras até mesmo em locais fechados.

A província de Jilin, que fica na fronteira com a Coreia do Norte, vem acedendo o alerta nas autoridades chinesas com uma possível segunda onda de contaminações por Covid-19. Isso porque foi detectado um novo foco de infecções em Shulan, uma localidade de 670 mil habitantes.

Na segunda-feira (11), uma equipe de médicos e especialistas foi enviada pela Comissão Sanitária Nacional para Shulan, com o objetivo de trabalhar com o governo local na prevenção e no tratamento do novo coronavírus.

A cidade agora está “na modalidade de controle dos tempos de guerra” após 13 novas contaminações terem sido confirmadas. Segundo o rastreamento, dessas pessoas, outras 2,5 mil podem ter sido atingidas.

A China controlou a pandemia do novo coronavírus, após ser o primeiro país a lidar com a Covid-19. Até o momento, o país conta com 84.018 casos da doença e 4.637 mortes, de acordo com os dados do Centro Universitário Johns Hopkins.

Fonte: Época Negócios

Coronavírus: Rio de Janeiro registra um novo caso a cada 3,5 minutos

Das 92 cidades do Rio de Janeiro, 24 não têm casos confirmados da Covid-19

 

O Estado do Rio de Janeiro bateu nesta terça-feira um triste recorde: 407 casos do novo coronavírus em apenas 24 horas. É o equivalente a um novo caso a cada 3,5 minutos. De acordo com o último boletim divulgado pela Secretaria estadual de Saúde, 5.306 pessoas já foram contaminadas pela doença, com 461 mortos.

Até então, o recorde de infectados confirmados em apenas 24 horas havia sido computado entre os dias 16 e 17 de março, quando 405 casos foram somados ao total. Naquele dia, o Estado do Rio tinha 4.349 registros da Covid-19.

A capital fluminense concentra a maior parte dos casos: 3.587, com 283 vítimas fatais. Veja no fim da reportagem onde estão todos os casos registrados no estado.

Apenas 24 dos 92 municípios do Rio não têm casos de Covid-19 confirmados, de acordo com o boletim divulgado pelo governo do estado nesta terça-feira. São eles:

Aperibé
Cambuci
Cardoso Moreira
Carmo
Comendador Levy Gasparian
Conceição de Macabu
Cordeiro
Duas Barras
Engenheiro Paulo de Frontin
Italva
Itaocara
Laje do Muriaé
Macuco
Miracema
Natividade
Rio Claro
Santa Maria Madalena
São João de Ubá
São José do Vale do Rio Preto
São Sebastião do Alto
Silva Jardim
Trajano de Moraes
Varre e Sai
Vassouras

Fonte: O Globo

‘Vivemos isolamento dentro do isolamento’: como pandemia é enfrentada na Antártida, único continente sem casos

Coronavírus ainda não chegou ao ‘continente de gelo’, mas seus poucos habitantes, acostumados a viver isolados, estão adotando medidas preventivas rigorosas

 

Enquanto o novo coronavírus avança rapidamente em todo o mundo, causando a morte de mais de 120 mil pessoas, existe até agora apenas um continente livre de contágios: a Antártida.

Nesta terra coberta de gelo, onde o clima frio, seco e com fortes ventos persiste durante todo o ano, seus poucos habitantes estão tomando todas as medidas necessárias para escaparem da pandemia.

A Antártida, um lugar inóspito e isolado, tem apenas um hospital para atender às necessidades básicas. Portanto, um surto de covid-19, doença causada pelo coronavírus, poderia ser fatal para a pequena população.

A BBC News Mundo, serviço em espanhol da BBC, conversou com Alejandro Valenzuela Peña, capitão de uma fragata da Marinha do Chile, para saber como a região vem se protegendo do novo coronavírus.

‘Isolamento total’

A estação marítima da Baía de Fildes, localizada no extremo sudoeste da ilha King George (também chamada de 25 de Maio pelos argentinos), é um dos “portões” da Antártida.

Cerca de 170 pessoas vivem no local durante o ano, em bases pertencentes a diferentes países, como Chile, Uruguai, Rússia e China. A estação brasileira na Antártida, a de Comandante Ferraz, reinaugurada em janeiro – depois de pegar fogo em 2012 -, fica na mesma ilha mas e outra baía.

Nessa área, a temperatura raramente fica acima de 0°C no verão. No inverno, a média é de -12 ° C.

Os pinguins estão por toda parte e sua rica fauna marinha é atração para cientistas que viajam regularmente ao continente para realizar intensos estudos.

Mas já há algumas semanas, não se veem mais pesquisadores nessa região.

Quando a covid-19 começou a se espalhar por toda a China, em janeiro passado, a base do país fechou suas portas.

O restante dos países com estruturas de pesquisa ali fez o mesmo.

E hoje, a maioria dos cientistas está completamente isolada.

O último navio de passageiros da Marinha do Chile chegou à baía em 3 de março. E o último vôo deixou o continente no dia 26 do mesmo mês, levando as pessoas que faziam trabalho temporário no local, inclusive os cientistas.

“Estamos vivendo em isolamento total. Um isolamento dentro de um isolamento”, diz Alejandro Valenzuela Peña.

“Aqui, as bases estão adotando as mesmas medidas que cada país determina”, acrescenta.

A representação chilena segue as instruções do governo central do país latino, seguindo indicações como distanciamento social, uso de máscaras ou lavagem regular das mãos.

Todos os eventos esportivos também foram cancelados e as refeições agora são feitas em separado, para evitar aglomerações.

“Hoje, não há mais contato entre nós que moramos na Antártida. Não há atividades, celebrações entre instituições, nem contato com bases estrangeiras. E isso é o que mais nos afeta, porque aqui há muita camaradagem e cooperação entre bases de diferentes países”, afirma Valenzuela Peña.

“Estamos vivendo a mesma realidade que muitos países, porque temos que cuidar um do outro. Ainda mais, pensando que estamos em um lugar tão remoto onde tudo se torna difícil caso uma pessoa acabe infectada”, acrescenta.

O que fazer caso exista uma emergência?

Na Antártida, os recursos de saúde são limitados.

Como explica Alejandro Valenzuela Peña, existe apenas “um pequeno hospital onde trabalham um clínico-geral e dois enfermeiros”.

Sem mencionar os poucos leitos para casos graves, respiradores ou outras instalações essenciais para combater a covid-19.

“Se tivéssemos uma pessoa infectada, logicamente a ação imediata seria tirá-la do continente”, diz ele.

O grande problema, explica, é que isso envolveria a ação de aeronaves ou navios. E, se as condições climáticas não ajudarem, essa tarefa ficaria ainda muito complexa.

“Tudo depende do quão congelada está a baía para permitir a passagem de nossos navios”, explica Valenzuela Peña.

Eles também não dispõem de testes para averiguar se uma pessoa contraiu o coronavírus.

“Se surgir um caso (na Antártida), teríamos que avaliá-lo com os meios disponíveis e sua confirmação (do teste) teria que ser feita na cidade de Punta Arenas (no sul do Chile)”, diz ele.

Portanto, diante dessas dificuldades, além das medidas de distanciamento social, o suprimento de alimentos para seus habitantes está sendo vigiado de perto pelas autoridades locais.

Embora o último grande suprimento tenha sido no final de março — onde alimentos não perecíveis, como arroz, farinha, macarrão e legumes foram trazidos para o resto do ano —, alguns vôos com alimentos frescos continuam sendo realizados.

Estes voos são cuidadosamente desinfetados.

“Todo o alimento que chega aqui tem que ser verificado”, explica o capitão da fragata. “Tudo vai depender de como a baía está congelada para a entrada de nossos navios”, diz Valenzuela Peña. Os tripulantes também não têm os testes para verificar se uma pessoa contraiu o coronavírus.

Preparado para o isolamento

Alejandro Valenzuela Peña chegou à Antártida em 18 de novembro do ano passado, enquanto sua família ficou na cidade chilena de Viña del Mar.

No continente — onde a sensação térmica era -2,4ºC quando falou com a BBC, na semana passada —, o capitão diz que tenta se comunicar com sua família o máximo possível.

“Fazer uma chamada em vídeo, mesmo que seja precária e com um sinal ruim, é uma injeção de ânimo para a família e para nós mesmos”, diz ele.

“É um pouco estranho enviar abraços e mensagens de encorajamento para outros continentes quando você está na Antártida… Somos os únicos que não estão infectados em todo o mundo e isso é bastante relevante”, acrescenta.

O membro da marinha garante que, por enquanto, ele se sente “tranquilo” com a situação.

“Estamos em uma condição muito favorável em comparação com os outros dois países.”

Além disso, ele lembra que os que vivem na Antártida estão preparados para viver em isolamento.

“Chegamos aqui com a mentalidade de nos isolarmos. Então, estamos preparados para viver esse período”, conclui.

Fonte: Época Negócios

Adolescente yanomami em estado grave é um dos 7 casos de coronavírus entre indígenas no Brasil

Além do Amazonas, Pará e Roraima também entram na lista; MPF investiga negligência em morte de idosa em Alter do Chão

 

O Brasil já soma ao menos sete casos de coronavírus entre indígenas em três estados diferentes. Além dos registros de quatro familiares da etnia Kokama revelados pelo GLOBO, em Santo Antônio do Içá, no Amazonas, outros três pacientes testaram positivo para a Covid-19. Uma delas, uma senhora borari de 87 anos, só teve o diagnóstico confirmado pela secretaria de Saúde do Pará, depois de ter sido sepultada, na vila de Alter do Chão, distrito de Santarém.

Os outros dois casos foram confirmados em Manaus — um homem de 45 anos da etnia Baré — e em Roraima — um adolescente yanomami de 15 anos. Ele deu entrada no Hospital Geral no dia 3 de abril, com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Seu primeiro teste havia dado negativo, porém teve o resultado confirmado na segunda testagem para Covid-19. Seu estado é considerado grave.

Preocupado com os procedimentos de notificação de familiares e também com a prevenção do contágio pela doença na cidade e em aldeias da região, o Ministério Público Federal (MPF) confirmou ao GLOBO que instaurou inquérito civil para apurar a morte da indígena de 87 anos, em Alter do Chão, no Pará. A Secretaria de Saúde do estado (Sespa) confirmou na última quarta-feira (dia 1º) que testes laboratoriais apontaram a Covid-19 como causa da morte da idosa.

Velório lotado

A partir de denúncias de familiares e lideranças indígenas locais, o MPF atestou que não houve notificação do caso como suspeito para o novo coronavírus da anciã indígena. Por ser considerada uma guardiã da cultura regional, as cerimônias que marcaram o funeral da idosa, no dia 20 de março, contaram com a presença de centenas de pessoas.

“Tal fato traz grande inquietação na população local, pois caso confirmado que a causa do óbito foi a covid-19, o que poderia indicar transmissão para um grande número de pessoas que participaram do velório, com probabilidade de se iniciar um foco de transmissão comunitária”, diz trecho do documento que determina instauração de inquérito e o envio de pedidos de esclarecimentos a várias autoridades.

O MPF deu 24 horas para a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) e a Secretaria de Saúde do Pará (Sespa) darem esclarecimentos sobre o óbito; os procedimentos de notificação adotados pela municipalidade; as razões de a família não ter sido devida e previamente informada; as medidas de rastreamento, monitoramento, acompanhamento do quadro clínico e isolamento social que foram e que serão adotadas para prevenir a disseminação da covid-19 a partir de pessoas que tiveram contato com a vítima.

O MPF pede ainda providências sobre rastreamento e acompanhamento de todas as pessoas que estiveram presentes no velório.

Primeiros casos

Além da agente de saúde kokama Suzane da Silva Pereira, de 20 anos, mais três familiares com quem ela manteve contato testaram positivo para o novo coronavírus, em Santo Antônio do Içá, a 880 quilômetros de Manaus. A mãe, de 39 anos; a filha Yara, de 1 ano e 10 meses; e o primo de quarto grau, de 37 anos, todos da etnia Kokama, estão infectados. Os exames do pai e do marido de Suzane deram negatvo.

Na entrevista publicada nesta segunda-feira pelo GLOBO, Suzane já havia dito que sua filha e sua mãe estavam gripadas há alguns dias, esta última com perda de olfato e dores de cabeça. Suzane disse ao GLOBO após ter a confirmação dos novos exames que todos eles passam bem.

– Apenas o olfato e paladar da minha mãe que não retornaram. A nenê está bem, sem febre. Meu olfato está voltando e meu paladar também – contou ao GLOBO por telefone. O primo dela se recupera em outra casa.

A cidade, que tem cerca de 25 mil habitantes, tem no total sete pessoas contaminadas e possui ainda outras cinco internadas sob suspeita da doença. Outros 72 casos já foram descartados e 251 estão em monitoramento.
Fonte: O Globo

Transportes do RJ ainda têm aglomerações de passageiros, apesar do avanço do novo coronavírus

Apesar de poucas filas nas estações, imagens mostraram vagão de trem do ramal Japeri lotado na manhã desta terça-feira (31). Barcas apresentavam enorme fila em Niterói.

 

Apesar as medidas protetivas para evitar aglomerações no transporte público do Rio devido à pandemia do novo coronavírus, imagens feitas na manhã desta terça-feira (31) mostraram agrupamento de passageiros em trem da Supervia e no terminal das barcas em Niterói, na Região Metropolitana.

Por volta das 6h, não havia filas nas estações da Baixada Fluminense que mais apresentavam aglomerações, mas um vídeo enviado à TV Globo por uma passageira mostrava um trem do ramal Japeri lotado, com passageiros em pé e aglomerados.

A situação ocorre mesmo com bloqueio da Polícia Militar nas estações, em que embarcam apenas funcionários de serviços essenciais à cidade.

A Supervia informou que a partir desta terça (31), vai operar considerando o horário de pico às 5h e não mais às 6h. A medida tem como objetivo diminuir os intervalos das viagens de 15 para 12 minutos e disponibilizar trens extras para os três ramais :

Havia também reforço de funcionários responsáveis por dar orientações na porta das estações.

Aglomerações também foram percebidas nas barcas. Por volta das 6h10, a plataforma da estação Arariboia, em Niterói, estava cheia de passageiros que aguardavam a barca atracar para seguirem viagem ao Rio.

No BRT, apesar de não apresentar lotação no Terminal Alvorada, ônibus de linhas convencionais que fazem parada na estação estavam cheios, com passageiros em pé e amontoados por volta das 7h30. A situação foi flagrada apesar de uma equipe de fiscalização da Secretaria Municipal de Transportes vistoriar a estação.

Em entrevista ao Bom Dia Rio nesta terça-feira (31), o secretário estadual de Saúde, Edmar Santos, afirmou que, em consonância com a Secretaria de Transportes, um escalonamento dos horários de entrada dos funcionários nas empresas nos períodos da manhã e da tarde pode ser uma alternativa para diminuir a aglomeração nos transportes.
Fonte: G1

Coronavírus na China

China tem 9ª morte provocada pelo coronavírus; já são mais de 400 casos

Transmissão entre humanos causa pneumonia. EUA, Japão, Tailândia, Taiwan e Coreia do Sul também confirmaram casos da doença.

Subiu para 9 o número de mortos devido ao coronavírus, que já infectou 440 pessoas na China, segundo as autoridades de saúde do país asiático informaram na noite desta terça-feira (21).

Os primeiros casos foram registrados em Wuhan, uma megalópole de 11 milhões de pessoas na região central do país. Depois, o vírus, que provoca um tipo de pneumonia, chegou a Macau, na costa sul chinesa, e a vários países.

Os EUA registraram o 1º caso na terça-feira (21). Japão, Tailândia, Taiwan e Coreia do Sul também já foram afetados, como mostra o vídeo abaixo. Na Austrália, há um caso suspeito de um homem que viajou a Wuhan e está passando por exames, em local isolado.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) se reúne nesta quarta em Genebra, na Suíça, e pode decretar “emergência de saúde pública de interesse internacional”.

Até o momento, a OMS usou essa denominação apenas em casos raros de epidemias que exigem uma vigorosa resposta internacional, como a gripe suína H1N1 (2009), o zika vírus ( 2016) e a febre ebola, que devastou parte da população da África Ocidental de 2014 a 2016 e atinge a República democrática do Congo desde 2018.

Apelo para não viajar

Autoridades fizeram apelos para que as pessoas não viagem para a cidade de Wuhan. Milhões de chineses, por todo o país, costumam se deslocar por causa do feriado do Ano Novo Lunar, que acontece nesse semana. Mesmo os que moram fora do país costumam regressar nessa ocasião.

“Basicamente, não vá a Wuhan. E quem estiver em Wuhan não deixe a cidade”, declarou o diretor da Comissão Nacional de Saúde da China, Li Bin. Ele também alertou que o coronavírus pode sofrer mutação e se propagar mais rapidamente.

A comissão anunciou medidas para conter a doença como a desinfecção e a ventilação de aeroportos, estações de trem e shoppings.

“Quando for necessário, os controles de temperatura também serão adotados em áreas-chaves e locais muito frequentados”, informou a comissão.

Aeroportos na Turquia, na Rússia, nos Estados Unidos e na Austrália estão utilizando monitores infravermelhos para identificar possíveis casos da doença. O aeroporto de Heathrow, em Londres, separou um terminal só para os viajantes que chegam de regiões já afetadas pelo vírus.

1º caso nos EUA

De acordo com a imprensa americana, um viajante da China foi diagnosticado após desembarcar em Seattle, cidade dos EUA no estado de Washington, no último dia 15. A identidade dele está sendo preservada pelas autoridades de saúde do país, mas o Hora 1 informou que a vítima tem cerca de 30 anos, é um homem e está sendo mantido isolado em um hospital.

Sintomas e transmissão

Chamado de 2019-nCoV, o coronavírus causa febre, tosse, falta de ar e dificuldade em respirar. É um tipo de pneumonia que é transmitida de pessoa para pessoa.

Parece ser uma nova cepa de um coronavírus que não havia sido previamente identificado em humanos — coronavírus são uma ampla família de vírus, mas poucos deles são capaz de infectar pessoas.

O período de incubação e a origem do vírus ainda não foram identificados. Porém, a fonte primária é provavelmente um animal, de acordo com a OMS. As autoridades chinesas vincularam o surto a um mercado de frutos do mar na cidade chinesa de Wuhan, onde os primeiros casos foram registrados.

Pelo menos 15 trabalhadores da área da saúde, que teriam tido contato com os doentes, também foram infectados.

Surto

Os novos casos trouxeram de volta os registros da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars), outro tipo de coronavírus que surgiu na China nos anos de 2002 e 2003, resultando na morte de quase 800 pessoas em uma pandemia global.

Dois casos já foram identificados na Tailândia, um no Japão e um na Coreia do Sul, enquanto as Filipinas também relataram nesta terça-feira um primeiro caso suspeito.

Taiwan, ilha autogovernada que a China reivindica como sua, também confirmou uma infecção pelo vírus, uma mulher que retornou de trabalho em Wuhan.

Fonte: G1

novo vírus em evolução na Tailândia

OMS alerta para a possibilidade de surgimento de novo vírus

Coronavírus pode ter sido transmitido entre famílias na China; uma doença desconhecida afetou mulher na Tailândia

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta terça-feira que já se prepara para a eventualidade de uma transmissão humana de novo coronavírus que pode ter ocorrido entre famílias da China.

Os coronavírus são uma grande família de vírus que podem causar infecções que vão da gripe comum à Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars). Uma mulher chinesa foi posta em quarentena na Tailândia por exibir uma linhagem misteriosa do coronavírus, disseram autoridades tailandesas na segunda-feira. Foi a primeira manifestação do vírus fora da China.

No total, 41 casos de pneumonia foram relatados em Wuhan, cidade do centro da China, e exames de laboratórios preliminares citados pela mídia estatal mostraram que eles podem resultar de um novo tipo de coronavírus. Um dos pacientes morreu.

— Com base nas informações que temos, é possível que exista uma transmissão humana limitada, potencialmente entre famílias. Mas, neste momento, está muito claro que não temos uma transmissão humana constante —, disse Maria Van Kerkhove, chefe interina da unidade de doenças emergentes da OMS.

A OMS está se preparando para a possibilidade de um surto mais abrangente, disse ela à imprensa em Genebra.

— Ainda estamos nos primeiros dias, não temos um quadro clínico claro.

Alguns tipos do vírus causam doenças menos sérias, e outros são muito mais graves, como o da Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers).

A agência da Organização das Nações Unidas (ONU) orientou hospitais de todo o mundo a respeito do controle da infecção, caso o novo vírus se dissemine. Não existe tratamento específico para ele, mas antivirais estão sendo estudados e poderiam ser “redirecionados”, segundo Van Kerkhove.

Fonte: O Globo