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Mobilidade

Transportes do RJ ainda têm aglomerações de passageiros, apesar do avanço do novo coronavírus

Apesar de poucas filas nas estações, imagens mostraram vagão de trem do ramal Japeri lotado na manhã desta terça-feira (31). Barcas apresentavam enorme fila em Niterói.

 

Apesar as medidas protetivas para evitar aglomerações no transporte público do Rio devido à pandemia do novo coronavírus, imagens feitas na manhã desta terça-feira (31) mostraram agrupamento de passageiros em trem da Supervia e no terminal das barcas em Niterói, na Região Metropolitana.

Por volta das 6h, não havia filas nas estações da Baixada Fluminense que mais apresentavam aglomerações, mas um vídeo enviado à TV Globo por uma passageira mostrava um trem do ramal Japeri lotado, com passageiros em pé e aglomerados.

A situação ocorre mesmo com bloqueio da Polícia Militar nas estações, em que embarcam apenas funcionários de serviços essenciais à cidade.

A Supervia informou que a partir desta terça (31), vai operar considerando o horário de pico às 5h e não mais às 6h. A medida tem como objetivo diminuir os intervalos das viagens de 15 para 12 minutos e disponibilizar trens extras para os três ramais :

Havia também reforço de funcionários responsáveis por dar orientações na porta das estações.

Aglomerações também foram percebidas nas barcas. Por volta das 6h10, a plataforma da estação Arariboia, em Niterói, estava cheia de passageiros que aguardavam a barca atracar para seguirem viagem ao Rio.

No BRT, apesar de não apresentar lotação no Terminal Alvorada, ônibus de linhas convencionais que fazem parada na estação estavam cheios, com passageiros em pé e amontoados por volta das 7h30. A situação foi flagrada apesar de uma equipe de fiscalização da Secretaria Municipal de Transportes vistoriar a estação.

Em entrevista ao Bom Dia Rio nesta terça-feira (31), o secretário estadual de Saúde, Edmar Santos, afirmou que, em consonância com a Secretaria de Transportes, um escalonamento dos horários de entrada dos funcionários nas empresas nos períodos da manhã e da tarde pode ser uma alternativa para diminuir a aglomeração nos transportes.
Fonte: G1

Alunos de Aracaju

Alunos desenvolvem app para melhorar mobilidade urbana em Aracaju

Ainda em fase de testes, o “Bike Eco Move” incentiva uso da bicicleta, ao trocar quilômetro rodado por vantagens para usuários

Pensando em melhorar a mobilidade urbana e a qualidade de vida na cidade, alunos do SESI de Aracaju (SE) desenvolveram aplicativo que vai trocar quilômetros rodados na bicicleta por créditos e vantagens. O app “Bike Eco Move” será umas das iniciativas inovadoras apresentadas na etapa regional do Torneio SESI de Robótica da FIRST Lego League (FLL), que ocorrerá nos dias 8 e 9 de fevereiro, em Salvador (BA). Essa etapa garante classificação para fase nacional em São Paulo, no início de março.

O objetivo do projeto da equipe “Mastermind”, dos estudantes Cleydsson de Sá Silva, Izaías dos Anjos Correia Neto, Kaick Tauil Gallotte, Luana Amorim de Araújo, Thierys Johnatan Alves Santos e Victor Gabriel Santos Matos, é desafogar o trânsito da cidade.

“De acordo com a pesquisa feita por nós, existe, em nossa capital, um carro a cada duas pessoas, o que acaba sendo um número alarmante. A nossa solução é incentivar as pessoas a utilizarem a bicicleta como meio de transporte alternativo”, afirma Thierys, de 15 anos.

O estudo teve início na própria comunidade, que não tem costume de usar a “magrela” como meio de transporte. “A nossa cidade tem uma boa demanda de ciclovias. Os alunos perceberam que muitas pessoas não utilizam bicicletas por falta de incentivo mesmo”, relata o técnico da equipe, Wilian de Oliveira.

Uma das perguntas da pesquisa, segundo o treinador, foi: “E se você tivesse um benefício a mais, além da questão da saúde, você usaria mais a bicicleta?”. A resposta, relata Oliveira, surpreendeu a equipe. Cinquenta e oito por cento responderam ‘sim’.

A partir daí, os jovens vêm trabalhando para tornar o app acessível não só para a comunidade escolar, mas para toda cidade. Para começar a pontuar, as pessoas farão uma espécie de check in, mostrando o ponto de partida e o de chegada. “Esse aplicativo vai trocar benefícios por quilômetros rodados. As pessoas trocam esses quilômetros por créditos, que geram pontuações, e podem pegar brindes, descontos em lojas”, revela Wilian.

Os estudantes já fizeram testes iniciais na escola e algumas lojas até se ofereceram para participar da iniciativa. “Algumas ofereceram descontos de 20% até 40% aos alunos e professores que viessem para a escola usando a própria bicicleta”, diz o técnico.

Outra preocupação dos alunos era em como beneficiar os comerciantes também. “A loja parceira terá propaganda gratuita dentro do aplicativo. Estamos pensando também em oferecer o selo ‘Essa loja contribui para a mobilidade urbana’”, conta. Na lista de parceiros, a comunidade já tem lanchonetes, casas de açaí e lojas de roupas. O diferencial, segundo a equipe, é que o aplicativo será mais regionalizado, com benefícios mais próximos dos alunos e da comunidade.

O próximo passo da equipe sergipana é dar aos usuários do app desconto no Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). “Utilizando a bicicleta, significa que as pessoas estão usando menos o carro. Ao utilizar menos o carro, elas poderão ter um benefício direto, mesmo que pequeno, como forma de estimular mais o transporte alternativo”, projeta Wilian.

Segurança

Outra funcionalidade do Bike Eco Move, ainda em desenvolvimento, será dar mais segurança ao usuário. A ideia é juntar pessoas que moram perto umas das outras para tornar o caminho até o destino mais seguro. O aplicativo vai mapear as comunidades mais próximas, semelhante ao que faz o Google Maps, e fazer com que seja possível pedalar em grupo, combinando a hora, local e destinação.

Thierys orgulha-se do desempenho da equipe. O jovem conta que uma das motivações para desenvolver o app é tornar a vida das pessoas mais fácil e, de quebra, ainda incentivar a população a se exercitar.

“O nosso objetivo com o Bike Eco Move é melhorar o fluxo de veículos na cidade, diminuindo o índice de poluição emitido pelos automóveis. E com o uso contínuo das bicicletas, também melhorar a saúde dos cidadãos.”

A competição

O Torneio de Robótica FIRST LEGO League reunirá 100 equipes formadas por estudantes de 9 a 16 anos e promove disciplinas, como ciências, engenharia e matemática, em sala de aula. Até 16 de fevereiro, haverá as disputas regionais. Os melhores times garantem vaga na etapa nacional, que ocorrerá em março, em São Paulo.

O objetivo é contribuir, de forma lúdica, para o desenvolvimento de competências e habilidades comportamentais exigidas dos jovens. Todo ano, a FLL traz uma temática diferente. Em 2020, os competidores terão que apresentar soluções inovadoras para melhorar, por exemplo, o aproveitamento energético nas cidades e a acessibilidade de casas e prédios.

O diretor de Operações do Departamento Nacional do SESI, Paulo Mol, ressalta que a elaboração dos projetos estimula a autonomia e o trabalho em equipe e contribui para a formação profissional dos alunos. “A questão do empreendedorismo é a base de todo o processo. Nesse torneio, uma das avaliações que é extremamente importante é a capacidade de empreender, de buscar coisas novas, de fazer com que o produto seja desenvolvido”, atesta.

Fonte: Agência do Rádio