A Malaysia Airlines (MAS) vai cortar quase um terço de seu quadro de 20 mil funcionários e reduzirá sua rede global de rotas como parte de uma reestruturação radical de 6 bilhões de ringgits (1,9 bilhão de dólares), após o impacto devastador de dois desastres com aeronaves.
A companhia que existe há 42 anos terá seu capital fechado até o final do ano dentro do amplo plano de renovação anunciado pelo fundo estatal Khazanah Nasional nesta sexta-feira, que busca trazer uma muito elusiva eficiência e padrões globais à companhia aérea deficitária.
O corte de 6 mil empregos é maior do que o esperado pela indústria e marca um novo doloroso golpe para os funcionários após um ano traumático para a companhia aérea e o país do Sudeste Asiático. O fundo Khazanah, que detém uma fatia majoritária na MAS, disse que investirá em “recapacitar” quem perdeu o emprego e prometeu montar um painel para melhorar as normalmente instáveis relações entre sindicatos e a administração.
“Os recentes eventos trágicos e as dificuldades atuais da MAS criaram a tempestade perfeita que está permitindo que essa reestruturação aconteça”, disse o diretor-gerente do Khazanah, Azman Mokhtar, para repórteres em Kuala Lumpur.
“Acreditamos os 6 bilhões não é um resgate, acreditamos que será recuperado com uma relistagem”, disse ele.
O Khazanah, que atualmente controla uma fatia de 69 por cento na MAS, assumirá 100 por cento do controle quando a companhia aérea for retirada da bolsa. O fundo estatal disse este mês que pagará 1,4 bilhão de ringgit para comprar a participação de acionistas minoritários.
Sob o plano de reestruturação, que foi aprovado pelo gabinete da Malásia nesta semana, os ativos e os passivos da MAS serão transferidos a uma nova companhia com o Khazanah injetando até 6 bilhões de ringgits.
Fonte: Reuters