O lucro líquido da BRF, maior exportadora de carne de frango do mundo, avançou 28% no segundo trimestre ante 2013, para R$ 267 milhões, com uma melhora no desempenho operacional, informou a empresa nesta quinta-feira.
O resultado, que ficou em linha com a estimativa do mercado, que apontava para lucro de R$ 270,8 milhões no período, refletiu a aposta da empresa em produtos de maior valor agregado e foco em mercados mais rentáveis.
O lucro antes do juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês), um importante indicador operacional, atingiu R$ 1 bilhão, com alta de 25% ante igual período do ano passado e praticamente em linha com as estimativas do mercado. A margem Ebitda subiu para 13%, ante 10,6% no mesmo trimestre do ano anterior.
“Esse resultado demonstra a melhoria no resultado operacional da BRF, a otimização dos seus investimentos, e o esforço para redução consistente e sustentável de suas necessidades de capital de giro”, disse a BRF.
O volume total de vendas recuou 12%, para 1,3 milhão de toneladas, puxado pela queda no volume vendido no exterior, enquanto a receita subiu 2%, para R$ 7,69 bilhões.
A receita no mercado interno subiu 6%, atingindo R$ 4,34 bilhões, enquanto o faturamento no exterior recuou 2%, para R$ 3,35 bilhões.
O volume comercializado nos mercados externos recuou 18,4% no segundo trimestre, mas o preço médio da tonelada embarcada em dólares subiu 11,2%.
“Seguimos com nossa estratégia de retirada de volumes de regiões com margens mais baixas, a qual continua se provando efetiva”, disse a companhia.
A geração de fluxo de caixa livre da companhia teve um salto de 161%, atingindo R$ 954 milhões no segundo trimestre.
As despesas financeiras líquidas subiram 52%, para R$ 393 milhões, principalmente por conta do prêmio pago na recompra de bônus no valor de face de US$ 450 milhões em maio, disse a empresa.
A dívida líquida da companhia encerrou o trimestre em R$ 5,1 bilhões, ou 14,6% menor ante 31 de março deste ano.
A dívida líquida sobre Ebitda (últimos doze meses) recuou para 1,51 vez, em comparação a 1,88 vez do primeiro trimestre.
“A redução da alavancagem reflete a melhora no desempenho operacional, disciplina de Capex e de capital de giro, reforçando a solidez da companhia”, disse a BRF em comunicado.
A empresa investiu R$ 470,5 milhões no trimestre –20,7% a mais do que o investido no mesmo período do ano passado. No semestre, os investimentos somaram R$ 806 milhões, e a empresa estima investir no ano R$ 1,5 bilhão.
Fonte: Reuters