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Economia

Trump diz esperar acordo entre Rússia e sauditas sobre petróleo em breve; preços do barril saltam

Barril de petróleo e negociado em alta ao redor de 10% nesta quinta-feira (2).

 

O presidente norte-americano Donald Trump disse que conversou recentemente com líderes da Rússia e da Arábia Saudita e que acredita que os dois países chegarão a um acordo para encerrar sua guerra de preços no mercado de petróleo “em poucos dias”, reduzindo a produção para apoiar as cotações.

Ele também afirmou que convidou executivos do setor de petróleo dos Estados Unidos à Casa Branca para discutir meios de ajudar à indústria, “devastada” pela forte queda na demanda durante a pandemia de coronavírus e pela disputa entre russos e sauditas.

“Eu vou me encontrar com os produtores de petróleo na sexta-feira. Vou me reunir com produtores independentes de petróleo também na sexta-feira ou no sábado. Talvez domingo. Nós teremos um monte de reuniões sobre isso”, disse Trump a jornalistas.

“Ao redor do mundo, a indústria de petróleo tem sido devastada”, disse ele. “É muito ruim para a Rússia, é muito ruim para a Arábia Saudita. Quero dizer, é muito ruim para ambos. Eu acredito que eles vão fazer um acordo.”

Os preços do petróleo saltavam nesta quinta-feira (2). Perto das 8h20 (horário de Brasília), o barril do tipo Brent subia 10,23%, em Londres, a US$ 27,27. Já o barril WTI, nos EUA, tinha alta de 9,35%, a US$ 22,21.

Os preços globais do petróleo caíram mais de 60% neste ano, à medida que o coronavírus impacta economias pelo mundo, ao mesmo tempo em que os importantes produtores Rússia e Arábia Saudita começam a inundar o mercado com petróleo.

A queda nos preços ameaça a indústria de produção de petróleo “shale” nos EUA com possíveis falências e dispensas de funcionários em massa, o que levou o governo norte-americano a buscar meios de proteger o setor.

Nos encontros com executivos de petróleo, Trump deve discutir uma série de opções para apoiar a indústria, incluindo a possibilidade de tarifas sobre importações de petróleo da Arábia Saudita, segundo o Wall Street Journal, que noticiou primeiro as reuniões.

Importantes petroleiras como Exxon, Chevron, Occidental Petroleum e Continental Resources devem participar do encontro inicial na sexta-feira, segundo o jornal.
Fonte:G1

A reivindicação por preço justo para o gás de cozinha e combustíveis é uma das bandeiras da greve nacional da categoria

Em greve, petroleiros de Santos venderão botijão de gás a R$ 32 nesta quinta-feira

Durante a venda, os petroleiros irão distribuir material informativo explicando os motivos da ação

Durante a venda, os petroleiros irão distribuir material informativo explicando os motivos da ação. A reivindicação por preço justo para o gás de cozinha e combustíveis é uma das bandeiras da greve nacional da categoria, que também envolve a luta pela manutenção de direitos e contra a demissão de aproximadamente mil trabalhadores da Fafen Araucária (PR). Com a iniciativa, os trabalhadores esperam ampliar o debate sobre o tema.

Com valor médio de R$ 70 na maioria das cidades do país, chegando a R$ 120 em algumas cidades, o botijão de gás sofreu uma disparada nos preços desde 2019, quando o governo federal levou a Petrobras a adotar a política de paridade com os preços internacionais. Em vez de calcular os custos de produção de gás e petróleo no Brasil pelo Real, os custos passaram a ser calculados em dólar.

Essa mudança, na opinião dos petroleiros, prejudica a população mais pobre, que em casos extremos têm recorrido à lenha para cozinhar. “A Petrobras sempre incomodou a concorrência porque o preço praticado por ela influencia todo o mercado. Se ela oferece preços mais justos a concorrência é forçada a acompanhar. E, claro, elas não gostavam, pois viam a margem de lucro diminuir. Agora, forçada a acompanhar os valores praticados lá fora, a Petrobras deixa de oferecer preços mais justos, como já ocorreu no passado, abrindo caminho para os preços abusivos atuais”, explica Adaedson Costa, coordenador-geral do Sindipetro-LP.

Para reduzir o valor do gás de cozinha e derivados de petróleo, os petroleiros defendem o fim da paridade de preços com a cotação do mercado internacional, a suspensão do que definem como desmonte da companhia (com a venda de ativos, demissões e outras medidas), a diminuição da importação de derivados e a retomada das obras de ampliação das refinarias para atender o mercado interno e gerar emprego.

A ação acontece nesta quinta-feira, a partir das 14h, em Santos, e contemplará as 150 primeiras pessoas que chegarem à sede do Sindicato, na Av. Conselheiro Nébias, 248.

Fonte: Diário do Litoral

petróleo em terreno particular

Com petróleo no quintal, família é obrigada a abandonar a pecuária e se apega à possibilidade de ficar rica

Família descobriu petróleo em propriedade do interior do Paraná em 2012 e desde então espera resposta da ANP; óleo inviabilizou produção de leite, que era fonte de renda.

Há oito anos a família Maciel espera por uma resposta. Ela aguarda o retorno da Agência Nacional de Petróleo (ANP) sobre a exploração das terras do Ervino Maciel, em Itapejara D’Oeste, no sudoeste do Paraná, onde foi encontrado petróleo.

A descoberta ocorreu em 2012, após uma análise da Mineração do Paraná (Mineropar). O estudo concluiu que o solo da propriedade de Ervino possui, a mil metros de profundidade, rochas semelhantes às encontradas em áreas petrolíferas.

Procurada pelo G1, a ANP disse que, apesar da existência do petróleo no sítio, não há, no momento, área licitada ou previsão de licitar região que abranja Itapejara D’Oeste.

A agência explicou que, pela legislação brasileira, quando uma área com o recurso natural é licitada, explorada e as operadoras produzem petróleo ou gás natural em uma propriedade particular, a empresa paga ao dono das terras uma participação sobre o que foi produzido. Contudo, os recursos são do governo federal. (Entenda mais ao final da reportagem).

Prejuízos

Mesmo com o passar dos anos, a família revelou que tem esperança de, um dia, ter o retorno positivo da agência, segundo a neta Patrícia Aparecida Misturini.

“Quando o pessoal da ANP veio no sítio, eles disseram que essas coisas demoram mesmo. Sinto que 2020 será o ano! Tomara que esse 2020 venha para resolver todos os problemas.”

Apesar das expectativas positivas, a família disse que já pagou caro pelo petróleo no solo do sítio. Eles foram obrigados a abandonar a pecuária.

Conforme a neta de Ervino, os exames que descobriram o petróleo só foram feitos após algumas vacas da propriedade morrerem.

Patrícia explicou que, por causa do petróleo no solo, as águas do sítio ficaram contaminadas e mataram os animais.

Além de a família ter que se desfazer do gado de leite, os avós dela também ficaram sem água potável.

Com a água contaminada, um vizinho de Maciel cedeu a água de um poço, que foi encanada, para que a família pudesse ter água limpa novamente.

Fonte: G1

banco-central-do-brasil

BC endurece regras para combater a lavagem de dinheiro

O BC alterou a atual regra que obriga os bancos a identificar e informar às autoridades quando um corentista realiza um depósito em espécie a partir de R$ 10 mil. Mas atenção, o BC não vai afrouxou a norma em vigor. Tornou-a mais rigorosa: agora os bancos terão que alertar o BC qualquer operação a partir de R$ 2 mil em dinheiro vivo.

Esta determinação consta do novo conjunto de regras editados pelo BC para combater lavagem e dinheiro e financiamento ao terrorismo. As normas foram publicadas hoje no Diário Oficial e terão que ser seguidas pelos bancos.

O conjunto de novas normas é extenso e detalhado, mas chama a atenção uma coincdência: o valor estipulado para que os bancos alertem o BC é de R$ 2 mil para operações em espécie. Para essas operações, as instituições deverão informar, “o nome e o respectivo número de inscrição no CPF do portador dos recursos”.

Dois mil reais é justamente o valor que constava de um relatório do ex-Coaf de dois anos atrás e que tinha como protagonista Fabricio Queiroz, o ex-faz tudo da família Bolsonaro. O relatório apontava que Queiroz fez 48 depósitos de R$ 2 mil reais na conta de Flavio Bolsonaro entre junho e julho de 2017.

A norma que obrigava os bancos a informarem às autoridades operações a partir de R$ 10 mil vigorava desde 2009.

Fonte: O Globo

Bolsonaro

Bolsonaro usa informação errada para criticar escolha de ministro de Fernández

Presidente disse que titular da pasta de Defesa não poderia ser general de brigada, mas ele é civil

O presidente Jair Bolsonaro usou nesta quarta-feira uma informação errada para criticar o presidente da Argentina , Alberto Fernández . Bolsonaro disse lamentar a escolha de um general de brigada para comandar o Ministério da Defesa, dizendo que deveria ser alguém do topo da carreira das Forças Armadas ou até mesmo um civil. Entretanto, o novo titular da pasta, Agustín Rossi, não é militar.

Peço a Deus que tudo dê certo na Argentina. Se bem que lamento a escolha de um ministro da Defesa (que seja) general de brigada. Tem que ser um general de Exército, ou um almirante de esquadra ou tenente-brigadeiro do ar. Ou até um civil, que seja. Mas, a maneira como se começa a tratar as coisas, mexer naquilo que está dando certo, creio não ser a melhor opção — afirmou Bolsonaro, durante evento da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Durante o governo de Mauricio Macri, no entanto, a pasta também foi ocupada por dois civis, ambos vindos do Congresso: Julio Martínez, que antes de ser nomeado era vice-presidente da Comissão de Defesa da Câmara e que foi ministro de 2015 a 2017, e o ex-deputado Oscar Aguad.

Agustín Rossi, que tomou posse na terça-feira, junto com Fernández , é engenheiro civil, de acordo com o site oficial do governo da Argentina. Ele já ocupou o mesmo cargo entre 2013 e 2015, no governo de Cristina Kirckhner , atual vice-presidente. Também já foi vereador e deputado federal.

Em seu discurso, Bolsonaro disse torcer para que o governo dê certo e ressaltou o fato de o Brasil ter sido citado nominalmente por Fernández durante sua fala na posse:

— Mas acredito e espero que a Argentina dê certo. Afinal de contas, são, aqui na América do Sul, nosso grande parceiro comercial. Designamos ontem a ida, em comum acordo, do nosso vice-presidente da República, general Mourão, a comparecer ao evento. O Brasil foi o único país citado no discurso do presidente Fernández e estamos prontos a implementar o mais rápido possível o nosso acordo (do Mercosul) com a União Europeia. A Argentina tem muito a nos oferecer, como nos oferece o trigo, o gás de Vaca Muerta.

Bolsonaro e Fernández tem tido uma relação tensa desde a campanha eleitoral, quando se criticaram mutuamente. O presidente brasileiro chegou a decidir não enviar nenhum representante de Brasília para a posse no país vizinho, mas recuou e acabou enviando o vice-presidente Hamilton Mourão .

Fonte: O Globo

Inadimplência da Prefeitura pode provocar caos em Macapá

Inadimplência da prefeitura deixa fornecedores à míngua

Os semáforos da capital do Amapá podem enfrentar um apagão em breve, provocando o caos no trânsito da cidade. E não por causa da estação das chuvas que está batendo à porta, mas por falta de pagamento dos fornecedores, que há meses não veem a cor do dinheiro pelos serviços prestados e equipamentos instalados. Esse é um dos resultados da má gestão em Macapá. Outra: os veículos apreendidos correm o risco de ficarem retidos por tempo indeterminado, se a empresa terceirizada que faz a gestão do pátio cruzar os braços, também por falta de pagamento. Segundo fontes da Prefeitura, outras empresas prestadoras de serviços também estão sem receber.

Mau funcionamento dos semáforos também aumenta risco de acidentes
No caso do trânsito, técnicos da administração pública temem que a confusão nas ruas causada pelo funcionamento inadequado dos semáforos aumente consideravelmente o risco de acidentes. O alerta é também em função da chegada da época das chuvas, que potencializa os problemas de trânsito. Se a empresa que faz a manutenção do sistema parar, mais de uma centena de cruzamentos com semáforos podem entrar em pane. O problema é sério e o risco de acidentes é real. Cabe à prefeitura ter preocupação com a vida dos amapaenses.

A retenção de carros apreendidos também pode ser uma grande dor de cabeça para os motoristas. Muita gente depende do carro para trabalhar e conta com o veículo para locomoção em situações de emergência, principalmente quem tem crianças e idosos na família. Há pessoas que contam do carro para viajar nas férias – plano que pode ir por água abaixo se o veículo ficar retido.

Compromissos com fornecedores de serviços importantes para a infraestrutura local não têm sido honrados
Não é de hoje que a falta de recursos, aliada à má gestão, vem afetando a saúde financeira dos municípios e sua capacidade de oferecer serviços públicos de qualidade ao cidadão, qualificar mão de obra e investir no servidor. Boa parte dos municípios enfrenta situação fiscal difícil e destina a maior parte de seu orçamento ao pagamento de salários.

Em Macapá, o portal da transparência mostra que a prefeitura vem priorizando a folha de pagamento e deixando de honrar os compromissos com serviços de melhoria da infraestrutura viária da cidade, contratados em um momento em que o município tentava controlar uma dívida herdada de R$ 230 milhões e R$ 20 milhões em salários atrasados. Está faltando responsabilidade por parte da administração. A população do Amapá não merece passar por isso.

Fonte: Blog Jogo Sujo

Fila em posto do INSS

Com freio nos concursos e aposentadoria recorde, União perde 24 mil servidores

Estimativa é que o Executivo federal feche o ano com 613 mil funcionários com menor contratação desde 2001

O governo fechará 2019 com o menor número de contratações de servidores em quase duas décadas. Até outubro, 9.784 funcionários haviam entrado no Executivo federal por meio de concurso público, segundo o levantamento mais recente do Ministério da Economia. Nesse ritmo, o total de ingressos este ano deve ser o mais baixo desde 2001.

O número de servidores na ativa encolheu bem mais por causa do recorde no número de aposentadorias às vésperas da reforma da Previdência, promulgada no mês passado. Só nos primeiros dez meses do ano, foram 33.848. Assim, o saldo entre entradas e saídas de funcionários no Executivo federal está negativo em cerca de 24 mil trabalhadores este ano.

Em dezembro de 2018, havia 630 mil. A estimativa do governo é que o quadro de servidores ativos feche o ano em no máximo 613 mil com o menor ritmo de convocação de concursados de seleções já realizadas ainda válidas.

Os dados compilados pelo GLOBO revelam o resultado da política de enxugamento do serviço público capitaneada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Para especialistas, a baixa reposição é importante para racionalizar gastos com pessoal. Entidades ligadas aos servidores alertam, no entanto, para o risco de comprometimento dos serviços prestados à população.

Em 2018, a União nomeou 13.360 novos servidores. Para alcançar esse patamar este ano, precisaria contratar mais de 3.500 funcionários até dezembro. Isso significaria quase dobrar o volume mensal de ingressos registrado até agora. Não é o que o governo pretende.

Segundo o secretário de Gestão e Desempenho de Pessoal do Ministério da Economia, Wagner Lenhart, o plano é apostar em digitalização de serviços, remanejamentos, reformulação de carreiras e terceirização, com a contratação de mais funcionários temporários, para conter o peso da folha nas contas públicas:

— É um trabalho de ganho de eficiência e produtividade, uma mudança de perfil de profissional e também, como é de conhecimento de todos, consequência de uma restrição orçamentária que faz com que a gente tenha um cuidado ainda maior na hora de fazer contratações ou nomeações.

Queda de 50% até 2030

O freio na contratação é uma das ações recomendadas por especialistas para reequilibrar o Orçamento. Há duas semanas, a Instituição Fiscal Independente (IFI), ligada ao Senado, projetou que o governo pode reduzir pela metade o total de servidores ativos, para 383 mil, se não repuser nenhum aposentado até 2030.

O órgão que mais perdeu gente em 2019 foi o INSS, que concede aposentadorias e outros benefícios a trabalhadores do setor privado. Até a última quinta-feira, 6.006 funcionários do órgão haviam se aposentado e só três haviam sido contratados. As saídas no instituto respondem por quase 20% de todas as baixas no funcionalismo federal neste ano. Com a debandada, o quadro de servidores na autarquia caiu de 29 mil para 23 mil.

Para evitar um apagão, o INSS recorreu à digitalização de serviços e remanejamento de pessoal dentro do próprio órgão. Hoje, dos 96 serviços prestados pelo órgão, 90 podem ser feitos pela internet ou pelo telefone. O número de funcionários dedicados apenas aos processos de pedido de benefício saltou de 2.751 para 6.686, mesmo com a redução no quadro geral. Isso foi possível com a redução do pessoal em áreas menos essenciais, como a administrativa. Não faltam queixas dos usuários, mas Renato Vieira, presidente do INSS, diz que essa transformação está aumentando a produtividade do órgão. Em outubro, foram decididos 977 mil pedidos de benefício, 49% a mais que os 655 mil processados em janeiro.

— Ninguém pode imaginar que, com menos servidores, a qualidade do serviço permaneça igual se nenhuma medida for tomada — diz Vieira.

Sindicatos criticam

A falta de contratações em outras áreas preocupa sindicatos ligados ao funcionalismo federal. Segundo Kléber Cabral, presidente do Sindifisco, que representa auditores da Receita Federal, o último concurso público para o órgão foi realizado em 2014.

— Em 2007, éramos 12 mil auditores fiscais. Hoje, pouco mais de 8 mil. A Receita está fechando unidades, delegacias e agências, não apenas por questões de restrição orçamentária, mas também por falta de pessoal. A galinha dos ovos de ouro vai acabar morrendo de fome — critica.

Maurício Porto, presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa), reclama da dificuldade de convocação dos concursados aprovados em 2017. A seleção habilitou 547 candidatos, dos quais 247 foram para um cadastro de reservas. No último dia 21 de novembro, o Ministério da Agricultura recebeu autorização para nomear 100 desses aprovados, mas a categoria considera a reposição insuficiente.

— Hoje temos 2,5 mil fiscais em atuação, e o ideal seria 4 mil. É uma situação bastante crítica e um limitante para o crescimento do agronegócio e das exportações brasileiras — argumenta Porto.

Procurada, a Receita informou que a decisão sobre concursos cabe ao Ministério da Economia. A pasta disse que novos concursos estão suspensos e que a prestação de serviços à população não será prejudicada. O Ministério da Agricultura não respondeu.

Na avaliação do economista Raul Velloso, especialista em contas públicas, há espaço para cortes no funcionalismo e redução de gastos. O impacto fiscal de aposentados é baixo, porque eles continuam na folha de pagamento como inativos, mas a redução dos concursos tem efeito no longo prazo.

— Existe um trabalho para reduzir (o quadro) sem perder eficiência. A sensação é de que tem muita gente sobrando — diz Velloso.

Uma portaria editada pelo governo em julho do ano passado flexibilizou as regras para transferências de funcionários entre órgãos e estatais, liberando os deslocamentos sem a necessidade do aval do órgão de origem do funcionário. Para Lenhart, da secretaria de Gestão, todas as medidas de contenção da folha têm como objetivo reforçar uma mudança de cultura no funcionalismo:

— Havia uma cultura de olhar para a trás e não para a frente quando vai fazer concurso público. Se tinha uma carreira com 600 vagas e 200 saem, a tradição era pedir mais 200. Só que isso não significa que você vai conseguir atender aos desafios do futuro.

Impacto nos ‘concurseiros’

A política do governo de reduzir a folha de pessoal deve causar incerteza para quem está no chamado cadastro de reserva dos concursos. A contratação desses candidatos está sujeita a regras mais duras desde março deste ano, quando um decreto limitou os poderes dos órgãos de convocar.

Os concursos têm validade de dois anos, prorrogáveis por mais dois. Os editais determinam o número de vagas a serem preenchidas. Aprovados num concurso de 200 vagas, por exemplo, vão para a reserva a partir da posição 201.

Até março, o Ministério da Economia podia autorizar que órgãos convocassem até 50% mais que o previsto no edital. Agora, só 25%. Mas, segundo o secretário de Gestão, Wagner Lenhart, o plano do governo é não ir além das vagas previstas nos editais, contemplando apenas os que têm direito adquirido. O governo não tem estimativa de quantos estão nas duas situações. Cada órgão tem sua estatística.

A queda no número de contratações já colocou em alerta o mercado voltado para os chamados “concurseiros”. O advogado Marcos Kolbe, sócio de um escritório especializado, diz que a demanda por nomeações na Justiça aumentou:

— O escritório este ano voou. O problema é que existem vagas, mas estão precarizadas com temporários. Hoje, 70% dos processos são sobre isso.

O quadro forçou uma readaptação nos cursinhos. Segundo Arthur Lima, sócio do Direção Concursos, candidatos têm migrado para outras áreas do serviço público, como a Justiça. Ele lembra que seleções como a do INSS, que não ocorreu este ano, costumam atrair até 1 milhão de pessoas:

— Houve de fato diminuição no Executivo federal. O concurseiro precisou olhar para outras oportunidades. Um exemplo foi o concurso do Tribunal Regional Federal da 4ª Região. O número de inscritos na seleção deste ano dobrou em relação ao último, de 2014.

Fonte: O Globo

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Quase 90% dos brasileiros pretendem usar 13º salário para quitar dívidas, mostra Anefac

Com tantos brasileiros usando o dinheiro para pagar dívidas, os presentes deste fim de ano devem ficar magros.

Quase 90% dos brasileiros pretendem usar o 13º salário para quitar dívidas. Segundo uma pequisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), 87% dos entrevistados darão este destino aos recursos – uma fatia um pouco maior que no ano passado, quando esse percentual ficou em 86%.]

“Isto demonstra que a redução da atividade econômica, desemprego maior, taxas de juros elevadas aumentaram o endividamento dos consumidores”, aponta a entidade em nota. Há dez anos, a fatia dos entrevistados que pretendiam usar o 13º para pagar dívidas era de 64%.

Com tantos brasileiros usando o dinheiro para pagar dívidas, os presentes deste fim de ano devem ficar magros. Só 5% dos entrevistados disseram que pretendem usar parte do 13º para comprar presentes. Outros 2% pretendem usar o dinheiro para pagar as despesas de começo de ano, enquanto outros 2% pretendem poupar parte do que sobrará.

A Anefac aponta ainda que 1% quer usar parte dos recursos para compra e reforma da casa, e que 3% já receberam parte ou todo o 13º ao longo do ano, ou fizeram empréstimos em antecipação.

Dívidas e presentes

Entre as dívidas que os brasileiros pretendem pagar com o 13º, as principais são aquelas com cheque especial (45%), cartão de crédito (49%) e financiamento bancário em atraso (3%).

Já os principais presentes que devem receber os recursos são roupas (64%), bens diversos (55%), celulares (53%) e brinquedos (36%).

A pesquisa foi realizada junto a 1.130 consumidores de todas as classes sociais durante o mês de outubro.

Fonte: G1

CSN

Despesas derrubam resultado da CSN e Minerva fará parceria para levar carne à China

Petrobras, Vale, Fleury, Grendene e Lojas Renner divulgam resultados do 3º trimestre hoje

CSN

A CSN teve um prejuízo de R$ 992,9 milhões no terceiro trimestre, puxado por um aumento de quase 300% nas despesas.

O resultado negativo, que surpreendeu os analistas, foi provocado pela combinação de queda da receita líquida, significativo avanço das despesas operacionais e o aumento despesa financeira líquida, que dobrou no período.

A empresa revisou para baixo a sua estimativa para o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado em 2019 para R$ 7,5 bilhões. Em julho, a companhia havia divulgado uma estimativa de atingir R$ 8,5 bilhões. No terceiro trimestre, o Ebitda ajustado caiu 4%, para R$ 1,5 bilhão.

A companhia programou para hoje, às 11h, teleconferência para discutir os resultados com acionistas e analistas.

Opinião: O BTG Pactual reduziu hoje a recomendação para as ações da CSN de compra para neutra e o preço-alvo de R$ 21 para R$ 15, após a companhia reportar resultados “decepcionantes.”

Para os analistas do banco, o balanço da CSN foi um conjunto de resultados fracos, embora o mercado já tivesse expectativas baixas para o trimestre.

Os resultados fracos registrados pela CSN no terceiro trimestre foram pressionados, entre outro pontos, pela queda no prêmio de qualidade do minério de ferro e pelo custos de frete, segundo a avaliação do Credit Suisse.

Localiza

O lucro líquido da Localiza cresceu 28% no terceiro trimestre de 2019, para R$ 204,7 milhões. O resultado foi beneficiado, segundo a empresa pelas divisões de aluguel de carros e gestão de frotas, no qual a frota média alugada subiu 34,3% e 25,7%, respectivamente, ante 2018.

Ainda assim, o resultado frustou estimativas de analistas por causa das vendas de seminovos, uma questão que preocupa o setor.

A empresa programou teleconferência para as 12h para discutir os resultados.

Petrobras

O conselho de administração da Petrobras ratificou a assinatura e aprovou ajustes na minuta do termo aditivo do contrato de cessão onerosa. O aditivo prevê o ressarcimento à Petrobras de US$ 9,058 bilhões, equivalentes a R$ 34,075 bilhões.

O Congresso aprovou um projeto de lei que abre crédito especial de R$ 40,5 bilhões para a União pagar à Petrobras os valores correspondentes a revisão do acordo do contrato de cessão onerosa.

A Petrobras divulgará hoje os resultados do terceiro trimestre. A expectativa de analistas ouvidos pelo Valor é de um lucro de lucro líquido de R$ 10,9 bilhões, crescimento de 63% ante igual período do ano passado.

Temporada de balanços: saiba o que olhar nos resultados das empresas

Minerva

O frigorífico Minerva e a Joey Foods farão uma parceria para importação e distribuição da carne na China. A brasileira terá 51% do capital da nova empresa e a chinesa, 49%. O investimento é de US$ 15 milhões.

A joint venture fará a importação e distribuição da carne na China.

“O mercado de carne bovina ganhou mais espaço na China por causa da melhora na distribuição de renda da população e a febre suína catalizou uma tendência de mercado”, disse o CEO da Minerva Foods, Fernando Queiroz, que está em Pequim para o ato.

Embraer e Azul

A Embraer e a Azul Linhas Aéreas firmaram um contrato de longo prazo para gestão da manutenção de componentes da frota de aeronaves E190 e E195, da primeira geração de jatos comerciais E-Jet, da companhia aérea brasileira.

Com o contrato, a Azul garantirá suporte a todos os aviões Embraer que opera, incluindo a nova frota de jatos E195-E2 que já estava incluída no programa de pool de serviços da fabricante de aeronaves. A companhia aérea tem pedido firme para um total de 51 aviões desse modelo e já indicou que poderá ampliar o pedido mais à frente.

A Embraer cobrirá mais de 300 componentes reparáveis por meio do portfólio TechCare e prestará suporte de engenharia a partir do centro de distribuição de peças em Fort Lauderdale, nos Estados Unidos.

A Embraer presta serviços de suporte a mais de 50 companhias aéreas no mundo.

Banco do Brasil

O Banco do Brasil comunicou o encerramento da oferta pública de distribuição secundária de 132.506.737 ações ordinárias, ao preço de R$ 44,05 por ação, num total de R$ 5,84 bilhões.

Gafisa

A Gafisa divulgou a aprovação da homologação da segunda etapa do aumento de capital. Nessa etapa, a captação chegou a R$ 272,7 milhões, com a subscrição da totalidade das ações disponíveis na operação.

Os recursos da capitalização já estão no caixa da Gafisa e serão destinados a novos projetos.

A empresa também vai criar o braço Gafisa Desenvolvimento Urbano em decorrência da venda de sua fatia restante de 21,2% na Alphaville Urbanismo para a gestora de private equity Pátria por R$ 100 milhões.

Renova

O conselho de administração da Renova Energia decidiu substituir o diretor-presidente, Cristiano Corrêa de Barros. Em seu lugar, assume Marcelo José Milliet.

Qualicorp

O colegiado da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) rejeitou ontem uma proposta de conselheiros da Qualicorp para encerrar processo relacionado ao contrato para retenção do presidente executivo da empresa, José Seripieri Filho, conhecido como Júnior.

Cogna

A Cogna faturou R$ 408 milhões com a venda de livros no âmbito do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) do governo federal de 2020. A receita a ser registrada no terceiro trimestre será de R$ 20 milhões.

Klabin

O conselho de administração da Klabin elegeu Marcos Paulo Conde Ivo como diretor financeiro e relações com investidores.

B2W

O conselho de administração da B2W homologou o aumento de capital de R$ 2,5 bilhões aprovado pelo próprio colegiado em 19 de agosto. A operação foi realizada por meio de subscrição e integralização de 64.102.565 ações ordinárias, ao preço de R$ 39.

Balanços

Além da Petrobras, outras cinco empresas devem divulgar resultados hoje. Quatro delas programaram para após o fechamento do mercado — Vale, Fleury, Grendene e Lojas Renner. A Electro Aço Altona não divulgou horário.

Fonte: valor Investe

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Empresas são condenadas na Justiça do Trabalho por fraude em terceirizações

Decisões reconhecem vínculo de emprego e determinam pagamento de indenização

Trabalhadores e Ministério Público do Trabalho (MPT) continuam a questionar na Justiça a terceirização. Os processos agora, porém, têm novo foco. Não discutem mais a prática, permitida por leis e por julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF), mas eventuais fraudes cometidas por empresas.

Com as mudanças, o volume de processos sobre terceirização caiu pelo menos pela metade. Porém, as empresas ainda são condenadas. São obrigadas a reconhecer o vínculo de emprego de terceirizados e impedidas de continuar com a prática. Por meio de ações civis públicas, o MPT ainda tem obtido condenações por danos morais coletivos, que variam entre R$

“Antes as empresas tinham sua estrutura engessada. Hoje, podem terceirizar qualquer atividade. Mas não significa que podem tudo”, diz o advogado Edgar Tavares Dias, do Queiroz Lautensachlager Advogados.

As fraudes, em geral, são comprovadas nos casos em que há subordinação direta do empregado terceirizado com a tomadora de serviços ou quando a mão de obra é contratada para uma função e acaba exercendo outra. Ainda há situações em que fica provado que a prestadora de serviços não tem capacidade econômica compatível com o número de empregados – cara

“As empresas já não têm mais essas amarras da atividade-fim e se sentem mais à vontade para terceirizar mais. Porém, terceirizando a atividade-fim, a chance de ter a gestão direta desse trabalhador é enorme”, diz a advogada Juliana Bracks, do Bracks Advogados. Às vezes, acrescenta, o empregado e terceirizado trabalham lado a lado. “O risco da empre

Até a edição da Lei nº 13.429, que admitiu a terceirização, e da Lei nº 13.467, conhecida como reforma trabalhista, ambas de 2017, as empresas eram constantemente condenadas com base na Súmula nº 331 do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que vedava a terceirização da atividade-fim (principal da empresa). As novas regras e a palavra final do Supre

O primeiro impacto foi uma redução considerável no número de processos. Na 2ª Região da Justiça do Trabalho, que abrange Grande São Paulo e Baixada Santista, foram distribuídos em agosto de 2016, antes das novas leis, cerca de 2,7 mil processos. No mesmo mês deste ano, foram 1.182.

No interior paulista (15ª Região), 15 meses antes da reforma trabalhista entrar em vigor (de setembro de 2016 a novembro de 2017) eram 28.257 novos processos. Já nos 15 meses posteriores (dezembro de 2017 a fevereiro de 2019), o volume caiu para 14.330.

Em Minas Gerais (3ª Região), foram recebidos 14.247 casos novos entre novembro de 2015 e novembro de 2017. Após a lei da reforma, até 31 de agosto deste ano, foram registrados 3.375.

A questão ainda continua a gerar processos, segundo o desembargador Francisco Ferreira Jorge Neto, que atua no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo – 2ª Região, porque “a fraude não é acobertada” pela decisão do Supremo, que autoriza a terceirização de qualquer atividade. Fraudes, acrescenta, têm sido vistas em empresas de todos os port

Henrique Macedo, juiz da 13ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte, lembra que os artigos 2º e 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que caracterizam a relação de trabalho, ainda estão em vigor. “O requisito primordial para caracterizar a relação de emprego é a subordinação. Caracterizada no processo, não tenho como permitir a terceirização”,

As companhias devem tomar cuidados para que a contratação de uma empresa prestadora de serviços seja real e não fraudulenta, diz a presidente do TRT de Campinas (15ª Região), desembargadora Gisela Rodrigues Magalhães de Araujo e Moraes. “Não se constitua tão somente a compra da “mercadoria-trabalhador” mais barata, mas sim na efetiva prestação de s

O coordenador nacional de combate às fraudes nas relações de trabalho, procurador Tadeu Henrique Lopes da Cunha, afirma que o MPT tem atuado nos casos em que se verifica que os terceirizados são subordinados aos contratantes. Nesse caso, ficaria caracterizada a intermediação de mão de obra, apenas admitida para trabalho temporário, segundo a Lei nº

“O Supremo decidiu que pode-se terceirizar qualquer etapa da produção. Porém, deve-se transferir todo o controle para a empresa terceirizada, que deve executar o serviço de forma autônoma, com seu know how e direção dos empregados”, afirma o procurador.

Em um caso julgado recentemente pela 6ª Vara do Trabalho de Salvador, uma grande empresa do setor de celulose foi condenada a pagar danos morais coletivos no valor de R$ 2 milhões por danos morais coletivos por fraude na terceirização, além de ter que parar com a prática.

Segundo o processo (nº 0001194-61.2017.5.05.0006), a companhia contratou uma terceirizada para atuar no reflorestamento e empregados e terceirizados atuavam nas mesmas funções. Segundo decisão da juíza Marília Sacramento, “a intermediação de mão de obra, portanto, no presente caso, teve o nítido intento de transferir, de maneira fraudulenta e ilega

Uma empresa de monitoramento por satélite também foi condenada recentemente pelo TRT do Rio a pagar danos morais coletivos de R$ 100 mil, por ficar configurada a subordinação direta dos terceirizados (processo nº 0100217-39.2018.5.01.00 11). Em outra decisão, os desembargadores reconheceram o vínculo de emprego de uma analista fiscal com uma empres

O mesmo entendimento foi aplicado pelo TRT do Rio Grande do Sul em processo que envolve uma distribuidora de energia e um funcionário que tinha sido terceirizado para atuar na equipe de manutenção na área fabril (processo nº 0021282-12.2015.5.04.0203).

Há também decisões do TST. A 7ª Turma condenou uma distribuidora de energia a reconhecer o vínculo de emprego com uma funcionária terceirizada que atuava no teleatendimento ao cliente. Segundo o processo, ela trabalhava e fazia cursos e treinamentos nas dependências da empresa e respondia diretamente para seus funcionários. Para os ministros, ficou

Fonte: Valor Econômico