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Financial Times: política econômica de Dilma gera inflação e baixo crescimento

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Sentença de morte foi o termo usado pelo Financial Times  em uma projeção para o futuro da estratégia econômica adotada pelo governo Dilma. De acordo com a publicação, a nova matriz de políticas econômicas, que consiste em taxas de juros reduzidas e enfraquecimento da taxa de câmbio através de controles cambiais e incentivos fiscais temporários para a indústria, foi aplicada para projetar uma taxa de crescimento de 4%. Contudo, o jornal apontou que o resultado dessas medidas foi um quadro de baixo crescimento e alta da inflação: a economia do Brasil em 2014 deverá crescer em cerca de 2%, mantendo uma das mais lentas taxas desde a década de 1990, enquanto que a inflação deverá atingir 6,3%.

O jornal apontou que pressões inflacionárias forçaram o Banco Central do Brasil a retomar as taxas de juros, que estavam em uma baixa recorde de 7,25% em 2012, para 11% na última semana, e ainda há a possibilidade de novos aumentos. Nesse momento, o jornal avaliou que a questão principal para investidores no Brasil é o quão depressa essa matriz econômica poderá ser substituída por modelos mais ortodoxos.

De acordo com Tony Volpon, diretor executivo e chefe de Pesquisas para Mercados Emergentes das Américas da Nomura Securities International em Nova York, a estratégia foi uma tentativa de execução de um modelo keynesiano que nunca havia sido posto em prática e que, agora, não deu certo.

De acordo com a publicação, foi após o início da crise da zona do euro que o governo começou a derrapar, quando o governo iniciou uma campanha de redução das taxas de juros sem precedentes no Brasil em paralelo com a aplicação de medidas de combate à inflação que ameaçavam perturbar a sua estratégia de baixas taxas de juros. O jornal cita como exemplo o caso da Petrobras que, segundo a matéria, foi forçada a vender o combustível importado a preços internacionais para taxas subsidiadas no Brasil.

No entanto, o jornal aponta que foram introduzidas políticas contraditórias que estimularam a inflação, como o estímulo à indústria e ao consumo por meio de incentivos fiscais temporários. O resultado teria sido uma situação de baixo crescimento e de alta da inflação.

Em declaração ao Financial Times, Tony Volpon disse que os governantes brasileiros acreditam que a luta contra a inflação prejudica a economia, mas, segundo ele, não combater a inflação prejudica a economia muito mais .

O jornal pontuou que dentre as questões estruturais mais importantes estaria a redução da carga tributária, que subiu de 27% do produto interno bruto em 1997 para 36% em 2012. O jornal disse ainda, que a retórica do governo continua desafiadora: em seu recente discurso, a presidente Dilma Rousseff disse que a inflação foi mantida dentro da meta oficial por quase 12 anos.

Fonte: JB

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