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Petrobras espera abocanhar crescente produção de petroleiras no Brasil

petrobrasA Petrobras avalia que poderá se beneficiar nos próximo anos do crescimento da produção de petróleo de concorrentes e sócias instaladas no Brasil, ao aumentar suas compras de óleo no mercado interno em meio à expansão de seu parque de refino.

Navio plataforma FPSO, da Petrobras, o primeiro a produzir óleo do pré-sal, no campo de Baleia Franca (litoral do Espírito Santo)

Aliada ao crescimento de sua própria produção, essa poderia ser uma alternativa para a Petrobras reduzir as importações, que têm afetado negativamente as suas finanças e o resultado da balança comercial do país.

O volume adquirido atualmente no mercado interno é ainda muito pequeno, menos de 1% da produção nacional, mas a estatal tem interesse em absorver parte da produção crescente das demais empresas que operam no País.

A produção dessas petroleiras saltou 164% em abril, na comparação com o mesmo período do ano passado, para 393,6 mil barris de óleo equivalente ao dia (boe/d), segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), enquanto a extração da Petrobras cresceu 1,3% na mesma comparação, para 2,273 milhões de boe/dia.

“A Petrobras tem interesse em absorver esses volumes, e espera aumentar suas compras na medida em que essas produções se tornarem mais significativas”, disse a estatal, acrescentando que com o aumento da sua capacidade de refino, a empresa se beneficiará da maior disponibilidade de matéria-prima para suprir seu sistema.

A empresa comprou de terceiros, parceiros ou não, cerca 15,8 mil barris por dia em 2013, ante uma produção nacional de quase 2 milhões de barris/dia.

Com um crescimento expressivo da produção das outras petroleiras que atuam no Brasil, a participação da Petrobras no total produzido de petróleo e gás no País recuou para 85,2% da extração nacional em abril, ante uma fatia de 93,8% uma ano antes.

Queda de importações não foi relevante

A Petrobras ressaltou ainda que, por enquanto, as suas importações de petróleo não têm caído de forma relevante. “Tomando-se por base o período de janeiro a abril, a diferença do volume de petróleo importado entre 2013 e 2014 foi aproximadamente de 3%”, afirmou em nota enviada à Reuters.

Compras de combustíveis no mercado internacional, a preços superiores aos de venda no mercado interno, estão por trás de perdas gigantes da estatal na sua divisão de abastecimento.

A definição da quantidade de petróleo importado depende do volume de petróleo nacional produzido pela estatal e do nível de processamento de óleo cru nas refinarias, que têm operado a pleno vapor para fazer frente ao consumo interno.

A Petrobras destacou que possui um parque de refino, com unidades distribuídas pelo país, com capacidade de processamento de petróleo superior a 2 milhões barris por dia, com perspectivas de expansão.

Ao final de 2014, deverá entrar em operação unidade da Refinaria do Nordeste (Rnest), com capacidade para 115 mil barris/dia. A segunda unidade da Rnest, em Pernambuco, não deve começar antes de meados de 2015.

Uma unidade de refino no Comperj, no Rio de Janeiro, deve começar a produzir em 2016.

Com o crescimento na produção no País projetado para este ano, após dois anos de recuo na extração, a estatal disse que prevê elevar suas exportações em 2014, após ter exportado quase 200 mil barris/dia de petróleo em 2013. A empresa não fez uma estimativa do aumento.

Fonte: Ig

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