Os Correios projetam gastar até 30 de junho cerca R$ 30 milhões na campanha de lançamento da sua nova marca, mas apenas 7,2% desse valor será destinado ao meio internet. É um número minguado se comparado ao índice prometido no início do ano pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom): uma fatia de 15% do orçamento para publicidade do governo para o digital.
A concepção da marca custou R$ 390 mil. A campanha de lançamento e divulgação da nova identidade visual, R$ 30 milhões. Mas as cifras do projeto completo podem chegar a pouco mais de R$ 42 milhões quando contabilizada a troca de envelopes, letreiros e adesivagem da frota da estatal com a marca dos Correios em todo o Brasil.
A campanha desenvolvida pela agência inclui filmes publicitários, anúncios para jornais e revistas, mídia em metrô, rádio e online. Segundo a assessoria de imprensa dos Correios, a distribuição da campanha se deu da seguinte forma: a TV ficou com 53,8%; jornais impressos com 22,9%; mídia exterior (outdoor, pontos de ônibus, etc) com 9%; internet com 7,2%; revista com 5%; rádio com 2,1%.
Aprovação “integral” da Secom
Oficialmente, a Secom não define a política de investimento publicitário das empresas estatais, e sim estritamente a verba da própria secretaria, que concentra a publicidade dos ministérios e as campanhas que contam com o apoio do governo federal.
Empresas como Banco do Brasil, Caixa Econômica e Petrobras escolhem seus investimentos com base em suas respectivas estratégias de mercado. Mas cabe à secretaria estabelecer as diretrizes do que o governo considera estratégico.
A direção dos Correios se defende. Argumenta que a campanha de lançamento da nova marca da empresa foi “aprovada integralmente pela Secom”, incluindo a distribuição do dinheiro entre os diversos meios (TV, digital, impresso, etc.).
Em outras palavras, os Correios e a própria Secom seguem caminho diferente do que foi anunciado como meta do digital para este ano. Algo distinto do que vem fazendo, por exemplo, o Banco do Brasil, hoje um exemplo na melhor distribuição de recursos entre TV, mídia impressa e online.
Fonte: Ig