Segundo os economistas da Serasa Experian, o fraco desempenho da atividade econômica durante o primeiro trimestre acabou por não favorecer a ampliação da geração de caixa das empresas.
A inadimplência de micro e pequenas empresas (MPEs) bateu recorde em março, chegando a 5,38 milhões, segundo dados da Serasa Experian. O número é o maior da série histórica, iniciada em março de 2016, e teve alta de 6,9%, na comparação com o terceiro mês de 2018. Na relação com fevereiro de 2018, houve aumento de 0,7%. As micro e pequenas empresas representam 95% do total das empresas inadimplentes no país.
Segundo os economistas da Serasa Experian, o fraco desempenho da atividade econômica durante o primeiro trimestre acabou por não favorecer a ampliação da geração de caixa das empresas. Esse fator e a alta da inflação foram os responsáveis pelo aumento do número de micro e pequena empresas com dívidas atrasadas e negativadas.
O número de empresas inadimplentes de todos os portes também bateu recorde e atingiu 5,7 milhões. Este é o maior número de série história – superando o de fevereiro de 2018, que foi de 5,6 milhões (alta de 0,8%). Quando comparada com março de 2018, o volume foi 4,5% maior.
Norte tem maior alta
A região Norte concentrou a maior alta (8,2%) na inadimplência das MPEs em março na comparação com mesmo mês de 2018. Em segundo lugar vem o Sudeste, com crescimento de 7,8%, seguido pelo Centro-Oeste (7,5%). Sul (6,9%) e Nordeste (3,4%) aparecem na sequência.
Por estado, o Amapá apresentou a maior alta, de 14,8%. Rio de Janeiro é o segundo, com 13,5%, seguido por Mato Grosso (12,6%) e Pará (9,7%). Somente três estados apresentaram queda: Alagoas (-0,8%), Piauí (-1,6%) e Rio Grande do Norte (-0,6%).
Setor de serviços lidera
Serviços, que representa 48% do total em março deste ano, foi o setor que mais deixou de pagar as contas em dia, com alta de 11,6%, na comparação com março de 2018. A indústria (8,4% de participação) vem na sequência, com aumento de 3,2%, e o comércio (43,2% de participação) com crescimento de 2,8% no comparativo anual.
Fonte: G1