A pré-candidata à vice-presidência na chapa PSB-Rede, a ex-senadora Marina Silva, classificou as recentes propagandas do PT como um “desserviço” do partido ao País. Na semana passada, a sigla exibiu vídeos nas emissoras de televisão com a mensagem de que é preciso ter medo de uma volta ao passado com a perda de avanços conquistados pelo país nos últimos anos além de um possível retrocesso nas investigações de casos de corrupção.
“As pessoas veem acontecer situações de violência e vivem tencionadas por falta de meios para se deslocar, vivem com insatisfação devido aos vários escândalos de corrupção. Acho um desserviço querer trazer algo ainda mais negativo que é o medo”, afirmou Marina na última sexta-feira, quando participava de encontro com representantes da juventude da Rede Sustentabilidade em Brasília.
Marina comparou o discurso do medo do PT com a campanha feita contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva feita pelo PSDB em 2002. “O próprio PT lá atrás, quando as pessoas tentaram fazer com a sociedade tivesse medo do Lula, eles fizeram a campanha da esperança vencer o medo. O maior medo que as pessoas devem ter é, como diz o poeta, de fugir da luta”, afirmou.
O comercial de um minuto de duração, que começou a ser exibido nas TVs abertas a partir da última terça-feira (13), mostrava imagens de brasileiros empregados, com acesso a remédios, estudo e lazer, em contraposição a pessoas desempregadas, passando fome e pedindo dinheiro em semáforos. Seriam os “fantasmas do passado”, o título do comercial petista.
O locutor alerta: “Não podemos deixar que os fantasmas do passado voltem e levem tudo o que conseguimos” Ao final, diz: “Nosso emprego de hoje não pode voltar a ser o desemprego de ontem. Não podemos dar ouvidos a falsas promessas. O Brasil não quer voltar atrás”.
Na quinta à noite, a sigla exibiu o seu programa nacional em que apresentou a reeleição da presidente Dilma Rousseff como a única saída entre “a volta ao passado” e “um salto no escuro”, em referência indireta a seus principais adversários na corrida pelo Palácio do Planalto, Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).
O programa mesclou um tom otimista em defesa das realizações do governo petista e ataques velados aos concorrentes de Dilma. Em uma de suas falas, a presidente assegurou que combaterá a corrupção e terá “mão firme” para controlar a inflação. O ex-presidente Lula apareceu por duas vezes no programa.
Fonte: O Povo