Os falsificados estão se tornando tão bons ou até melhores que os produtos originais, disse Jack Ma, fundador do Alibaba, comércio eletrônico chinês.
A companhia foi duramente criticada e investigada pela venda de produtos falsificados nos últimos anos.
A má qualidade dos produtos e a falta de repressão a venda de imitações prejudicaram sua imagem e a confiança dos investidores, fazendo a companhia perder força depois da maior oferta pública inicial de ações, IPO, da história.
Agora, a situação se complicou ainda mais. Em um discurso para investidores, Jack Ma afirmou que “o problema é que, hoje, os produtos falsos têm uma qualidade melhor e um preço mais baixo que os produtos reais, as marcas reais”.
Segundo ele, grandes marcas sempre dependeram dos baixos custos de produção na China para aumentar suas margens de lucro. No entanto, as mesmas fábricas chinesas, usando as mesmas matérias primas, estão usando a internet para vender diretamente ao consumidor.
“Não são os produtos falsos que destroem [as grandes marcas], é o novo modelo de negócios”, disse o fundador dos sites Aliexpress e Taobao.
Logo em seguida ao seu discurso, a companhia divulgou um anúncio dizendo que a frase de jack Ma não foi uma defesa aos produtos falsificados. “Pirataria não é um problema de qualidade, é uma questão de propriedade intelectual”, diz oanúncio.
Batalha perdida
O Alibaba foi expulso da Coalização Internacional Anti-Pirataria em maio, depois que discussões sobre conflitos de interesse e sobre os esforços insuficientes para eliminar vendedores de produtos falsos de seus sites.
Ainda assim, o dono do Alibaba continuou afirmando que está firme em sua missão de eliminar os falsificados, mas que essa é uma luta sem fim. “Temos mais de meio bilhão de vendedores na nossa plataforma. 10% são contraventores”, afirmou Jack Ma.
Segundo ele, mais de 2.000 funcionários trabalham para resolver esse problema e que a empresa tem a tecnologia necessária para encontrar os vendedores piratas.
No ano passado, o grupo trabalhou ao lado da justiça chinesa para prender mais de 300 pessoas e destruir 46 fábricas, confiscando US$ 125 milhões em produtos falsificados.
Fonte: EXAME