A Rumo Logística deve arcar com uma indenização de cerca de 101 milhões de reais em disputa com a Agrovia sobre contratos de transporte de açúcar, disse nesta quinta-feira uma fonte da empresa com conhecimento dos trâmites do processo.
O valor está dentro do estimado anteriormente pela concessionária de logística, disse a fonte que pediu para não ser identificada.
A Rumo está em disputa com a Agrovia em um processo arbitral instaurado em 2012 contra a ALL, empresa de logística que se uniu a Rumo, criando a Rumo Logística.
O jornal Valor Econômico publicou nesta quinta-feira que o embate entre os dois grupos está chegando ao fim e que a indenização a ser paga à Agrovia poderia ser superior a 300 milhões de reais, valor total dos pedidos da cliente.
Em dezembro passado, o júri de arbitragem da Câmara de Comércio Brasil-Canadá deu sentença parcialmente favorável à Agrovia.
Mas, segundo a fonte, a decisão final da Câmara sobre o valor a ser pago deve ficar perto do previsto pela Rumo.
“A decisão da Câmara passa muito mais por um acordo do que por uma decisão imposta (da Câmara). Vai ficar no valor estimado de 101 milhões de reais ou algo muito próximo”, disse a fonte.
Segundo a fonte, a penalidade em tese poderia chegar a 300 milhões de reais se fossem considerados na indenização os valores de multas, danos e lucros cessantes pleiteados pela Agrovia, mas a Câmara decidiu não considerar todos estes pontos.
Em comunicado ao mercado nesta quinta-feira, a Rumo afirmou que a sentença arbitral parcialmente favorável à Agrovia, proferida em dezembro, limitou os valores de indenização, “afastando danos emergentes e lucros cessantes pleiteados”.
Em seu formulário de referência, a Rumo havia estimado a perda de 101 milhões de reais com o caso, acrescentando que o valor poderia variar conforme a liquidação da condenação e atualização monetária dos respectivos montantes.
Procurada, a Agrovia não tinha representantes disponíveis para comentar o tema de imediato.
As ações da Rumo despencavam quase 9% às 13:37, enquanto o Ibovespa exibia alta de 0,99%.
Fonte: EXAME