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Smiles diz que não vai se endividar por operação com a Gol

A Smiles não trabalha com a possibilidade de se endividar para cumprir a operação de compra de R$ 1 bilhão em créditos para a aquisição de passagens aéreas da Gol, afirmou nesta terça-feira, 1º de março, o presidente da empresa, Leonel Andrade.

“Não vamos nos endividar para essa operação. Presume-se que temos caixa para o pagamento de dividendos e para outras operações financeiras”, disse o executivo, durante teleconferência com analistas e investidores para debater os resultados da Smiles no quarto trimestre de 2015.

Andrade lembrou que os termos do contrato assinado com a Gol estabelecem que o pagamento será realizado em tranches, iniciando-se por um desembolso pela Smiles de R$ 376 milhões – os créditos dessa primeira tranche serão atualizados à taxa de 132% do CDI.

Os desembolsos restantes, contudo, estão sujeitos ao cumprimento, por parte da Gol, de determinadas metas para o fortalecimento de sua posição de liquidez.

Além disso, os novos pagamentos dependem das condições mínimas de liquidez da Smiles.

“Os novos desembolsos passam pela validação do cumprimento das metas por um comitê independente”, destacou o presidente da Smiles.

“Trabalhamos em conjunto com a Gol para que não existisse nenhuma discrepância no contrato”.

Entre as medidas a serem atingidas pela Gol estão a redução da quantidade de pousos e decolagens em pelo menos 6%, a suspensão de sete destinos operados em 31 de dezembro de 2015, a devolução de cinco aeronaves em regime de arrendamento financeiro e a alteração no cronograma de entrega de novas aeronaves entre 2016 e 2017, passando de 15 para uma.

“A partir do momento que a Gol for cumprindo essas metas, ela faz uma solicitação de desembolso, comprovando o atingimento dos gatilhos estabelecidos e, com a aprovação do comitê, fazemos os novos desembolsos”, disse Andrade.

“Não está no nosso pipeline nos endividarmos, os saques também são condicionados à existência de recursos, para preservar a situação da Smiles”.

Governança

O presidente da empresa de fidelidade ainda ressaltou que a governança da Smiles segue inalterada e que a operação com a Gol obedeceu ao estatuto da companhia.

“Não há nenhuma alteração na governança, a operação foi discutida e aprovada por um comitê independente”, disse o executivo.

“A operação foi muito transparente e tem como objetivo maximizar o resultado da companhia e garantir um engajamento muito forte com a Gol, tendo como base políticas claras de crédito e risco”.

 

Fonte: EXAME

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