As vendas orgânicas do Carrefour no Brasil tiveram alta de 12,2 por cento no terceiro trimestre sobre o mesmo período do ano passado informou a varejista nesta sexta-feira, afirmando que o indicador permaneceu forte mesmo diante de um ambiente desafiador no país.
No ano passado, o crescimento havia sido de 12,8 por cento. Segundo informou a empresa em comunicado, todos os formatos tiveram crescimento orgânico.
O balanço operacional saiu depois que o Grupo Pão de Açúcar divulgou na terça-feira alta de 2,7 por cento na receita do terceiro trimestre sobre um ano antes, com queda no faturamento da divisão de eletroeletrônicos sendo compensada por vendas de atacarejo e comércio online.
O efeito foi parcialmente ofuscado pela apreciação do peso argentino, país em que as vendas orgânicas subiram 29,2 por cento.
Globalmente, a maior varejista da Europa informou que as vendas aceleraram no período, impulsionadas por uma recuperação no sul da Europa, pelo bom momento em seu mercado doméstico francês e também pela “resiliência” no Brasil, apesar da desaceleração econômica.
As vendas na China caíram 10,6 por cento no terceiro trimestre, diante do fraco consumo. O Carrefour disse que busca um plano de ação no país, que envolve expandir o comércio eletrônico e as lojas de conveniência e abrir centros logísticos para reduzir custos.
A segunda maior varejista do mundo depois do Wal-Mart teve vendas de 21,54 bilhões de euros (25 bilhões de dólares) no terceiro trimestre, contra previsão média de analistas de 21,5 bilhões de euros.
Excluindo combustíveis e efeitos cambiais, as receitas subiram 4,2 por cento, uma aceleração ante os 2,6 por cento no segundo trimestre.
Velho continente impera
“A Europa se tornou agora o motor de crescimento do grupo. Esse excelente terceiro trimestre confirma o bom ímpeto do grupo nos últimos três anos”, disse o diretor financeiro da empresa, Pierre-Jean Sivignon.
O Carrefour, que sofreu com a dependência do formato de hipermercados em um momento em que consumidores migravam para compras locais e online, está no terceiro ano de um plano de recuperação iniciado pelo presidente-executivo, Georges Plassat.
A companhia, que contabiliza cerca de três quartos de suas vendas na Europa, está realizando cortes de preços e custos e expandindo para lojas de conveniência menores, enquanto também renova seus hipermercados.
Sivignon também disse que estava “confortável” com a expectativa do mercado para o resultado de lucro antes de juros e impostos (Ebit) de cerca de 2,45 bilhões de euros em 2015.
As vendas no conceito mesmas lojas nos hipermercados franceses subiram 0,7 por cento após um aumento de 0,5 por cento no segundo trimestre. Na Espanha, o terceiro maior mercado do grupo, as vendas subiram 4,6 por cento, enquanto as vendas na Itália subiram 5,9 por cento.
Fonte: EXAME