A Anglo American pode aumentar a capacidade da sua mina de minério de ferro Minas-Rio em quase 10 por cento, movimento que poderia cortar custos no conturbado projeto de 13 bilhões de dólares, disse um executivo da empresa nesta segunda-feira.
O volume de produção pode alcançar 29 milhões de toneladas de 2018 a 2020, 9,4 por cento mais do que a capacidade esperada da mina de 26,5 milhões de toneladas por ano, disse Paulo Castellari, presidente da Unidade de Negócio Minério de Ferro Brasil da Anglo American.
Adicionar capacidade sem grandes investimentos adicionais reduz os custos por tonelada. Isso pode ajudar a Minas-Rio a competir com produtores de baixo custo, como a Vale e as australianas BHP Billiton e Rio Tinto, que têm custos de caixa de 20 e 30 dólares por tonelada.
Os custos de caixa no Sistema Minas-Rio devem ficar entre 33 e 35 dólares por tonelada, disse Castellari.
Neste ano, no entanto, a expectativa é que os custos fiquem quase o dobro da meta, em 60 dólares por tonelada, com a crescente produção da mina, iniciada recentemente.
O Sistema Minas-Rio envia minério por 525 quilômetros de sua mina em Minas Gerais por meio de um mineroduto para um porto ao norte do Rio de Janeiro, onde é carregado em navios.
A Anglo comprou os direitos de exploração do Minas-Rio por 5,5 bilhões de dólares do empresário Eike Batista e investiu outros 8,4 bilhões de dólares para desenvolver o projeto.
Após fazer uma baixa contábil de 4 bilhões de dólares no projeto, em 2012, a Anglo iniciou suas operações no Minas-Rio no ano passado, com quase cinco anos de atraso e depois de uma queda expressiva do preço do minério de ferro.
Fonte: Reuters