O desenvolvimento de três estudantes de um liceu de física e matemática tornou-se finalista do concurso Google Science Fair 2013.
O princípio de funcionamento do dispositivo baseia-se na interação de um feixe de luz laser com plexiglas. Os jovens encontraram uma aplicação original para este processo, contou à Voz da Rússia a professora de física dos jovens inventores do liceu de Nizhny Novgorod, Natalia Vargina:
“Existe hoje uma série de invenções, nas quais está integrado o caráter da interação do feixe de laser com plexiglas averiguado experimentalmente. E os nossos estudantes decidiram usar os resultados deste experimento. E ele mostra apenas que se podem deixar buracos no plexiglas. Mas que isso pode ser usado para armazenamento de dados ópticos é ideia deles. Os estudantes inventaram como codificar a informação, e agora continuam trabalhando nisso, pensando, fazendo cálculos, medições de laboratório”.
A mídia proposta pelos estudantes é comparável em tamanho a uma folha A4 de 1 mm de espessura. Numa folha assim podem ser gravados 28 terabytes de informação – 14 vezes mais do que um disco rígido comum. Esta mídia tem várias vantagens importantes, diz um dos inventores, Nikita Chernyadev:
“Primeiramente, é o volume de informação que pode ser registrado numa unidade de área. Ele expande com o aumento da densidade de gravação de informação. Em segundo lugar, é a fiabilidade. Estas são as duas mais importantes vantagens em comparação com análogos existentes”.
Os estudantes trabalharam em seu know-how durante seis meses, e se interessaram em tecnologias informáticas há três anos.
“Tudo começou há muito tempo, ainda no sétimo ano de escola, quando nós começamos a participar nas atividades de projetos da escola,” disse Nikita de 16 anos, em cuja idade alguns anos são mesmo muito tempo. Nikita Chernyadev observa:
“Vamos apresentar o projeto na conferência Inovações Abertas, em Moscou. Também queremos participar no concurso ROST (Rússia–Responsabilidade–Estratégia–Tecnologia), em Nizhny Novgorod. Ele dá a oportunidade de ir depois para a competição de projetos científicos e de engenharia da Intel ISEF (Intel Internacional Science and Engineering Fair), nos Estados Unidos”.
O projeto dos estudantes de Nizhny Novgorod interessou a Acadêmia de Ciências da Rússia: ele foi testado experimentalmente no Instituto de Física Aplicada da Acadêmia. Agora os jovens estão trabalhando num protótipo do dispositivo. A nova mídia se destina não a usuários comuns, mas a grandes corporações que trabalham com grandes volumes de informação.
Fonte: RUVR