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Jornalista turco ganha Prêmio Mundial de Liberdade de Imprensa da Unesco

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O jornalista investigativo turco Ahmet Sik, que pode ser condenado a 15 anos de prisão em seu país por um artigo que não chegou a publicar, foi premiado nesta quinta-feira com o Prêmio Mundial de Liberdade de Imprensa Guillermo Cano 2014 da Unesco.

“Ardoroso defensor dos direitos humanos, denuncia em seus textos a corrupção e as violações contra a liberdade de expressão e os direitos humanos”, disse a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) sobre Sik, jornalista independente, de 44 anos.

O premiado colaborou entre 1991 e 2011 com vários jornais turcos como “Cumhuriyet”, “Radikal”, “Evrensel” e “Yeni Yüzyil” e, mais recentemente, trabalhou também como fotojornalista para a revista “Nokta” e para a agência “Reuters”.

O jornalista, que já foi procurado pela Justiça em 2007 por causa de um artigo publicado na revista “Nokta”, foi detido em 3 de março de 2011 e permaneceu um ano em prisão preventiva, lembrou a Unesco.

“Acusado de relações com a suposta organização terrorista Ergenekon, pode ser condenado até a 15 anos de prisão” por seu artigo “O exército do imame”, que foi proibido antes de sua publicação.

Sik recuperou a liberdade em março de 2012 e está a espera de seu julgamento.

O prêmio, concedido por um júri internacional, presta homenagem a pessoas ou organizações defensoras ou promotoras da liberdade de expressão no mundo, especialmente quando estas arriscaram a vida com suas ações.

A cerimônia de entrega vai acontecer na sede parisiense da Unesco no próximo dia 2 de maio.

Desde sua criação, o prêmio foi concedido a jornalistas como a mexicana Lydia Cacho e a russa Anna Politkovskaia, assassinada em 2006 quando preparava um artigo sobre as torturas sistemáticas na Chechênia. EFE

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