O jornal Financial Times, noticiou nesta terça-feira (25) o rebaixamento do Brasil pela agência de risco Standard & Poors. A notícia informa sobre o corte na classificação da dívida soberana do Brasil citando preocupações sobre a credibilidade da economia do país , gestão fiscal , e fraco crescimento nos próximos anos . A agência de rating, segundo o FT, classificou o país no mais baixo grau de investimento, em uma decisão que poderá levar a rebaixamentos semelhantes por avaliações de outras agências como a Moody’s e a Fitch.
O movimento vem como um golpe para a presidente Dilma Rousseff, afirma a matéria, que tem lutado para reanimar a maior economia da América Latina e reconquistar a confiança dos investidores antes das eleições presidenciais de outubro. “O rebaixamento reflete a combinação de derrapagem orçamental, perspectiva de que a execução fiscal continuará a ser fraca em meio a crescimento moderado nos próximos anos , capacidade restrita de ajustar a política antes das eleições presidenciais de outubro e o enfraquecimento das contas externas”, foi a justificativa apresentada pela S & P para reduzir a nota do país.
Já a agência de notícias Bloomberg lembrou que a classificação coloca o Brasil em linha com a Espanha e Filipinas, um nível abaixo da Rússia e dois níveis abaixo do México . A decisão, diz a notícia, termina com uma década de upgrades para a maior economia da América Latina. A agência destaca ainda que Dilma tem 43% das intenções de voto e poderá vencer a eleição presidencial de outubro no primeiro turno, de acordo com os resultados de uma pesquisa de opinião. A Bloomberg diz ainda que S & P elevou a nota do Brasil em novembro de 2011 e que o país é avaliado como BBB pela Fitch Ratings e um Baa2 equivalente ao da Moody’s, que em outubro reduziu a perspectiva do rating brasileiro para estável e positivo.