A redução da população não economicamente ativa em outubro, de 0,6%, foi praticamente toda absorvida pelo aumento da taxa de ocupação, que no mês aumentou 0,8%, na comparação com setembro, conforme dados apresentados nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em outras palavras, a criação de emprego em outubro foi suficiente para absorver a entrada de mais pessoas no mercado de trabalho nas seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo instituto.
Adriana Beringuy, técnica da coordenação de trabalho e rendimento do IBGE, observou que esse movimento contribuiu para a relativa estabilidade do mercado de trabalho.
Na comparação com setembro do ano passado, a população ocupada não variou, e a não economicamente ativa aumentou em 600 mil pessoas. A PEA diminuiu 129 mil.
“A população ocupada em 2014, na comparação com os meses de 2013, tem sido de manutenção, sem grandes perdas ou acréscimos”, disse a técnica.
O número de pessoas trabalhando por conta própria cresceu 3% no mês de outubro, ante setembro, e subiu 6,1% na comparação com outubro do ano passado, de acordo com a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), do IBGE.
A pesquisa constatou, ainda, redução dos empregos sem carteira assinada, de 6,9% em outubro, na comparação com igual mês do ano passado, e de 1,9% ante setembro. O emprego com carteira caiu 0,3% ante setembro e recuou 1,5% na comparação com outubro de 2013.
“O que a gente percebe é que o número de pessoas trabalhando por conta própria está aumentando, mas ainda não dá para afirmar se isso representa deterioração do mercado de trabalho. Observa-se perda na intensidade da criação de postos com certeira, mas o emprego sem carteira continua em trajetória de redução”, comentou Adriana.
Fonte: Uol