A construtora e incorporadora Rossi Residencial teve prejuízo no terceiro trimestre, período marcado por fraqueza na receita e aumento expressivo das despesas operacionais.
Entre julho e setembro, o prejuízo líquido da companhia foi de 265,1 milhões de reais, ante resultado positivo de 2,1 milhões de reais registrado um ano antes.
A receita operacional líquida da Rossi Residencial chegou a 421,7 milhões de reais no trimestre, queda de 25 por cento ante igual etapa do ano passado, diante do maior volume de rescisões de unidades prontas e descontos concedidos na venda de imóveis.
Desconsiderando parceiros, os lançamentos da companhia tiveram um declínio anual de 83,5 por cento, a 72,9 milhões de reais, e as vendas brutas contratadas caíram 21,5 por cento, a 476,6 milhões de reais.
Ao mesmo tempo, a companhia viu as despesas operacionais dispararem mais de seis vezes e meia, a 190,1 milhões de reais, ante 28,8 milhões de reais no mesmo trimestre de 2013.
Com isso, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ficou negativo em 165,8 milhões de reais no trimestre, ante Ebitda positivo de 55,6 milhões de reais um ano antes.
Já o Ebitda ajustado ficou negativo em 65 milhões de reais, contra expectativa de analistas de Ebitda ajustado positivo de 47,5 milhões de reais.
No relatório de resultados, o presidente-executivo da Rossi, Leonardo Diniz, disse que a empresa segue comprometida com a aceleração do potencial de repasse por meio das vendas de unidades prontas e a entregar até o final deste ano, e da rescisão e revenda de unidades cujos compradores originais não concretizaram o repasse.
“Esta abordagem gera um impacto negativo de curto prazo nos resultados, mas está bastante alinhada à priorização da geração de caixa, que contribuirá para a aceleração da desalavancagem e melhora de rentabilidade futura da companhia”, disse o executivo.
“Porém a nossa expectativa é que o volume das rescisões se reduza gradualmente”, acrescentou Diniz, apontando que mesmo em um ambiente de mercado considerado desafiador, a Rossi reduziu seu estoque em 14 por cento no terceiro trimestre na base anual, a 2.552 unidades.
A companhia fechou setembro com dívida líquida de 2,17 bilhões de reais, queda de 4,1 por cento ante o trimestre anterior. A geração de caixa foi de 91,9 milhões de reais no trimestre, contra consumo de caixa de 103,6 milhões no trimestre anterior.
Fonte: Reuters